quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A defesa da Torre de Vigia desmorona, as Testemunhas de Jeová são censuradas por falha em denunciar abuso de menores. Caso Fesller encerrado

Resumo do julgamento – parte 1. 

"O caso com as Testemunhas de Jeová foi resolvido"

Afirmou Jeffrey Fritz, advogado da vítima Stephanie Fessler.  

Veja a introdução a este caso neste link.

(Traduzido de JWSurveyStephanie Fessler (que agora tem 28 anos e foi submetida à abusos quando adolescente) juntamente com sua equipe jurídica, usando uma linguagem similar à dos anúncios públicos, efetivamente deram as costas à Torre de Vigia e fizeram uma "censura pública" às Testemunhas de Jeová. As Testemunhas notoriamente repreendem e desassociam os membros de sua fé, mesmo que esse membro seja uma criança, e tenha tido um encontro sexual. Após quatro dias de intenso testemunho na Prefeitura de Filadélfia, Pensilvânia, as estratégias de defesa da Torre de Vigia desmoronaram. Apesar de gastar dezenas de milhares de dólares e quase três anos em preparação para este caso, ao meio-dia da segunda-feira, dia 13 de fevereiro, a Torre de Vigia abriu mão da disputa, fez suas pastas e entrou em um acordo não revelado.


Uma forte mensagem foi enviada à organização Torre de Vigia: Você não pode infringir a lei quando souber de uma acusação de comportamento inadequado com um menor. O caso deve ser comunicado à polícia e às autoridades responsáveis por proteger as crianças.

A liderança das Testemunhas de Jeová renuncia a quase todas as oportunidades para denunciar suspeita de abuso. A ordem aos anciãos das Testemunhas é que, quando "o erro" é descoberto, eles devem imediatamente convocar um tribunal interno de vários anciãos, que são informados sobre o que aconteceu. Se o "pecado" é sério, eles formam uma Comissão Judicativa de três anciãos e convocam a vítima para esta comissão para explicar seu envolvimento. Neste caso, as evidências apresentadas no julgamento mostraram que os anciãos das Testemunhas de Jeová da congregação de Spring Grove, Pensilvânia, estavam cientes de uma relação "consensual" entre Terry Seipp, 49-51 anos, que frequentou a Congregação Freeland Maryland, e a vítima, Stephanie Fessler. Por 3 anos, Seipp desempenhou o papel de mãe de aluguel para Fessler, enquanto tirava vantagem sexual de Stephanie, uma questão descaradamente negligenciada por ambas as congregações.

Em 2004, os anciãos foram informados de que havia beijos e toques impróprios entre Seipp e Fessler, mas não relataram isso às autoridades, como requer as leis de notificação obrigatória da Pensilvânia, que se aplicam a todos os clérigos ou anciãos que tomam conhecimento de suspeita de abuso. Em 2005, os anciãos tinham provas significativas de encontros sexuais extensivos entre a vítima e sua agressora, mas continuaram a aplicar suas próprias medidas internas - uma decisão que sempre prejudicou Stephanie Fessler, impedindo sua agressora de enfrentar a justiça e terminar o relacionamento.

A detetive Lisa Layden (foto à esquerda), do Departamento de Polícia Regional do Sudoeste do condado de York, testemunhou que qualquer contato físico, que possa chegar ao nível de abuso sexual, deve ser relatado às autoridades, incluindo o Childline da Pensilvânia, um recurso bem organizado para vítimas e potenciais vítimas. Mas não é assim que as Testemunhas de Jeová operam. Todas as questões de "pecado" são encaminhadas aos anciãos da congregação, que então contatam o departamento jurídico do complexo Patterson New York, da Torre de Vigia, se um caso de abuso sexual vier à luz.

A Torre de Vigia declara que informa aos anciãos das congregações sobre as leis que requerem a notificação sobre abuso infantil, mas raramente os anciãos contatam a polícia e apresentam um relatório. Dizer que os anciãos raramente relatam tais assuntos é até uma avaliação positiva.

Thomas Jefferosn confunde o júri

Na tarde de 7 de fevereiro de 2017, o co-advogado Gregg Zeff chamou a primeira testemunha, o Sr. Thomas Jefferson Jr. Este foi um momento significativo no primeiro dia do julgamento, pois foi apenas pela segunda vez na história da  Torre de Vigia que sua organização enfrentou um júri em um julgamento de abuso de criança.

E não foi bem.

A partir do momento em que Thomas Jefferson tomou posição em nome da Torre de Vigia e da Congregação Cristã das Testemunhas de Jeová (CCJW), houve confusão e frustração. O júri de sete mulheres e três homens sentou-se de frente para Jefferson em descrença, e viu como ele lutou para não responder a perguntas - e as que ele respondeu deixou todo o tribunal arranhando suas cabeças. Jefferson respondeu às perguntas dos advogados de defesa com uma postura defensivamente arrogante, falando de uma maneira lenta e deliberada, repetidamente terminando suas respostas com a palavra "conselheiro." O advogado Gregg Zeff golpeou Jefferson com pergunta após pergunta em uma tentativa de esclarecer o emaranhado de corporações e comissões que administram os assuntos das Testemunhas de Jeová.

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Jefferson admitiu que era membro da CCJW, da Comissão de Filial dos EUA e da Ordem Mundial de Servos Especiais das Testemunhas de Jeová, mas negou qualquer envolvimento com a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova York. Quando perguntado pelo nome do presidente da Torre de Vigia, ele disse "Não me lembro", apesar de admitir que ele foi enviado para representar a CCJW e a Torre de Vigia. Jefferson falou por arrodeio e por enigmas quando perguntado sobre a liderança da organização TJ, se recusando a responder à simples pergunta "Quem está no comando?". O interrogatório feito a Jefferson foi tão escandaloso, que a juíza Mary C. Collins foi vista segurar tanto a raiva e o riso ao mesmo tempo. Zeff, em um momento de exasperação, levantou a voz para Jefferson e perguntou se havia "seres humanos" encarregados dessa organização.

Jefferson respondeu:  “Você está falando sério?”

Gregg Zeff
O questionamento se intensificou quando Zeff questionou Jefferson sobre a fonte de todas as cartas enviadas a corpos de anciãos, perguntando-lhe novamente se algum "ser humano" realmente escreveu essas cartas e, em caso afirmativo, quem são essas pessoas. Jefferson novamente se esquivou da questão e afirmou que pessoas anônimas escrevem essas cartas, e que as pessoas envolvidas podem ou não ser parte das corporações Torre de Vigia ou CCJW.

O advogado Zeff, visivelmente irritado com a resistência intencional, perguntou a Jefferson se a CCJW era responsável por QUALQUER COISA; Jefferson respondeu perguntando o que ele queria dizer com "responsável". A juíza Collins foi incapaz de se conter por mais tempo e se voltou para a testemunha e exigiu que ele respondesse à pergunta. Abatido e nervoso, Jefferson disse ao tribunal que precisava de tempo para... pensar. Depois de um longo silêncio, Zeff colocou a pergunta mais uma vez, para a qual Jefferson disse: "Eu imagino que eles têm que."

Antes de mudar sua linha de perguntas, Zeff exibiu a assinatura na carta a um ancião que dizia "Sociedade Torre de Vigia de Bíblia e Tratados", forçando Jefferson a reconhecer a corporação responsável pelas políticas impostas pelas Testemunhas de Jeová antes da criação da Congregação Cristã das Testemunhas de Jeová. Zeff ligou vários documentos da Torre de Vigia com políticas que proibiam os anciãos das Testemunhas de Jeová de relatar abuso infantil às autoridades competentes, deixando claro qual corporação é responsável.

Momentos depois, Thomas Jefferson incrivelmente negou que a Torre de Vigia escreva qualquer coisa, afirmando que ela apenas "publica" e distribui essas cartas, mas nada tem a ver com sua produção. (Referindo-se a todas as cartas antes de 2001).

Zeff questionou Jefferson sobre se os anciãos são punidos se desobedecerem ao conteúdo dessas cartas, que foi seguido por um longo discurso de Jefferson, apesar de apenas declarar, de forma indecisa e falsa, que os anciãos "podem ou não" ser punidos por desobediência. Quando Jefferson mencionou que um Superintendente de Circuito nomeado por um Corpo Governante pode estar envolvido na desqualificação de um ancião, Zeff não perdeu a oportunidade de perguntar se o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová está associado à Torre de Vigia ou à CCJW. Resposta de Jefferson: NÃO.

Em seguida Jeferson está a responder a uma pergunta aparentemente simples,  que é sobre se os clérigos das Testemunhas deveriam relatar abuso infantil, quando, depois de uma objeção da equipe de defesa da Torre de Vigia, ele declara que não pode responder à pergunta porque os anciãos das Testemunha de Jeová não são clérigos. Esta questão desencadeou um debate que durou dois dias. (Mais detalhes sobre isso adiante).

O advogado Zeff seguiu uma linha de questionamentos forçando Jefferson a admitir que os anciãos investigam acusações de abuso infantil usando seu próprio processo judicial. Jefferson teve que confessar que os anciãos das Testemunhas não têm nenhum treinamento profissional em aconselhamento, psicologia ou outros níveis relevantes de especialização; mas surpreendentemente Jefeerson insistiu que eles receberam "treinamento". Zeff continuou dizendo a Jefferson que os anciãos não estão qualificados para julgar a autenticidade ou seriedade de uma alegação de abuso infantil.

Jefferson arrogantemente respondeu: "Incorreto"

Zeff perguntou a Jefferson se ele tinha alguma evidência das publicações da Torre de Vigia para apoiar essa afirmação. Depois de Jefferson desconversar-se, a juíza Collins interveio e repreendeu Jefferson, dizendo-lhe que a pergunta era "perfeitamente clara". Zeff pressionou duramente a testemunha, perguntando-lhe quais eram suas crenças sobre esse assunto, ao que Jefferson respondeu: "São minhas crenças que estão em julgamento?"

Mais uma vez, a juíza Collins repreendeu Jefferson com firmeza e o advertiu para abster-se de fazer tais comentários, aconselhando-o para apenas responder à pergunta. Inacreditavelmente, Jefferson responde dizendo que a Torre de Vigia é uma entidade corporativa e não "acredita" em nada.

Continuando com sua série de perguntas, Zeff pergunta a Jefferson se ele está ciente de que existem profissionais no campo da detecção e aconselhamento de abuso infantil, aos quais Jefferson concorda relutantemente. Ele então pergunta a Jefferson se ele está ciente de que o estado da Pensilvânia deseja que haja profissionais envolvidos sempre que uma acusação de abuso infantil ocorre. Jefferson afirma que ele não estava ciente disso, não antes de a juíza Collins declarar isso ao júri no início deste julgamento. Lembro-me de que Jefferson testemunhou que ele estava no tribunal em nome do departamento jurídico das Testemunhas de Jeová, e para defender a Torre de Vigia e a CCJW - mas de alguma forma, após anos de preparação para este julgamento, tendo sido preparado pela extensa equipe jurídica da Torre de Vigia, ele de repente não sabe que a Pensilvânia tem uma lei que exige que se faça denúncia de suspeitas de abuso infantil. Claramente o júri não estava aprovando isso.

O advogado Zeff então questiona Jefferson sobre se aos anciãos é requerido que leiam todas as cartas da Torre de Vigia; Jefferson afirmou que ler todas as cartas não é necessário, mas que se espera que os anciãos se informem sobre todas as diretrizes da Torre de Vigia sobre o abuso infantil antes de iniciar uma investigação. Foi-lhe então perguntado se os anciãos podiam ser punidos ou destituídos de suas posições se não seguissem o conselho da Torre de Vigia. Com relutância, Jefferson admitiu que isso é "possível". Zeff perguntou: "Isso já aconteceu?" Resposta de Jefferson: "Eu não sei". Como qualquer pessoa com alguma experiência na organização das Testemunhas de Jeová sabe muito bem, se um ancião não seguir os regulamentos da sede mundial, sua posição como ancião desaparecerá instantaneamente. Jefferson sabe disso muito bem.

Aproximando-se do final do primeiro dia de julgamento, Zeff chama a atenção de Jefferson para uma das evidências mais prejudiciais neste caso, a carta de 1 de julho de 1989 aos anciãos. Esta carta de seis páginas foi carimbada CONFIDENCIAL - e a Torre de Vigia lutou por isso. Esta carta era tão prejudicial para a defesa, que quando foi intimada, a Torre de Vigia reescreveu quase todo a carta, com poucas exceções. A equipe jurídica que compõe a acusação só soube do conteúdo completo desta carta procurando fontes fora da Torre de Vigia, e quando o conteúdo foi revelado, este caso foi selado.

Zeff chama a atenção de Jefferson para o propósito desta carta, como afirmado na página 2:

"Daí, um número crescente de vingativos ou descontentes, bem como os opositores, têm iniciado ações judiciais para infligir penalidades financeiras sobre o indivíduo, a congregação, ou à Sociedade. Muitas dessas ações judiciais são o resultado do mau uso da língua ".

Ele reformulou este parágrafo dizendo enfaticamente a Jefferson que o verdadeiro significado é "Mantenha sua boca fechada ou você pode ser processado". Jefferson discordou, mas o dano foi feito. O júri começa a compreender o manto de sigilo em torno da Torre de Vigia. A proteção da organização e seus bens tornou-se cada vez mais a motivação por trás da estratégia legal das Testemunhas de Jeová, colocando as corporações à frente do bem-estar de seus próprios filhos. O primeiro dia termina em um desastre para a Torre de Vigia, com o testemunho final de Jefferson aparecendo no horizonte.

Dia 2 – o retorno de Thomas Jefferson

A manhã de quarta-feira trouxe Thomas Jefferson Jr. de volta ao posto de testemunha, mas não antes do advogado de defesa de Spring Grove, Jud Arron, objetar veementemente contra a presença da detetive Lisa Layden, que estava programada para testemunhar no dia seguinte. Aaron gritou "injusto", alegando que a presença da detetive no dia 2 afetaria seu testemunho do dia 3. A juíza Collins rejeitou o protesto e declarou: "Eu estou a par desta questão, eu decido sobre isso. É uma questão clara”.

O julgamento continua com o advogado Gregg Zeff, da acusação, que chama a atenção outra vez para a 18B, a carta aos anciãos de 1º de julho de 1989, marcada como “confidencial”. O advogado da Torre de Vigia, John Miller, imediatamente objeta citando a "Primeira Emenda", mas é contido pela juíza. Zeff olha para Miller, depois para a juíza, e diz "Primeira Emenda, sua honra?" - A juíza Collins diz a Zeff para seguir em frente. Zeff questiona Jefferson sobre o significado por trás da carta, o decreto de confidencialidade, a prevenção de ações judiciais devido ao "mau uso da língua." Zeff passa a palavra e Jefferson faz uma extensa resposta, mas sem nenhuma explicação razoável.

O alvo agora são as pessoas que lideram as Testemunhas de Jeová.

Zeff: Você se lembra quando eu perguntei sobre os nomes dos “humanos”?

Jefferson: Sim, eu lembro.

Zeff: Você não me deu o nome de nenhum, não é?

Jefferson: Não, não dei.

Zeff: A razão pela qual você não me deu os nomes de nenhum ser humano é por que eles são secretos?

Jefferson: Não. A resposta a essa pergunta...

Zeff: Isso é tudo que eu queria, senhor. A razão pela qual você não me deu os
nomes de qualquer ser humano é por que você queria protegê-los de ações judiciais?

Jefferson: Não.

Zeff então volta a uma questão anterior feita a Jefferson, sobre se os anciãos são clérigoss:

Zeff: Você se lembra que anteriormente perguntei: O clero deve relatar abuso sexual de crianças para proteger a vítima de dano adicional?

Jefferson: Sim, eu lembro, conselheiro.

Zeff: E sua resposta foi que você não poderia responder, certo?

Jefferson: Correto, conselheiro.

Zeff: E você disse que não podia concordar com isso porque os anciãos não são clérigos. É uma afirmação correta?

Jefferson: Essa é uma afirmação correta.

Zeff: Está bem. Qual é a sua definição de clero?

Jefferson: Clero, como eu entendo, são aqueles que são reconhecidos como líder de uma igreja ou uma organização e isso é algo que os anciãos não são.

Zeff mostra no telão o dicionário Websters e então diz:

Zeff: Posso mostrar a definição de ancião, segundo o dicionário Webster's e ver se você concorda com isso? A primeira definição é um grupo de ordenados para desempenhar funções pastorais ou sacerdotais em uma igreja cristã. É uma definição razoável de clero?

Jefferson: Eu não sei a resposta para isso.

Zeff agora passa a ligar os anciãos da Testemunha de Jeová ao clero usando as próprias palavras de Jefferson:

Zeff: Você pode definir para mim o que é um ancião?

Jefferson: Claro. Um ancião é um homem que é designado por meio do Espírito Santo para cuidar dos interesses das ovelhas que lhe são confiadas. Essas são responsabilidades descritas em vários lugares da Bíblia. Por exemplo, 1 Pedro 5:1,2, onde os anciãos são instados a cuidar dos interesses do rebanho confiado a eles.

Zeff: Anciãos agem como pastores nas congregações locais?

Jefferson: Sim, eles agem.

Zeff: E fornecem educação espiritual e orientação bíblica aos congregantes?

Jefferson: Sim, eles fazem isso.

Zeff: E eles supervisionam as reuniões congregacionais?

Jefferson: Sim, eles supervisionam.

Zeff: E eles lideram?

Jefferson: Eles tomam a liderança também.

Zeff então aborda a confissão e força Jefferson a admitir que os anciãos são responsáveis ​​por ouvir a confissão dos membros da congregação.

Zeff: E os anciãos recebem confissão de que sorte?

Jefferson: Anciãos ouvem as confissões daqueles que podem estar envolvidos em coisas erradas.

Zeff agora mostra no telão a definição de clero mais uma vez:

Zeff: Olhando para a definição mais uma vez, gostaria apenas de saber se você mudou sua resposta ou se você acha que os anciãos são clérigos?

Jefferson: NÃO

Zeff escava mais fundo no processo judicial das Testemunha Jeová, martelando Jefferson com perguntas sobre qual a função de uma comissão judicativa composta pelos anciãos.

Como seria uma comissão judicativa, na sua opinião, só para eu ter certeza de quem estou falando. Quem é que diz aos anciãos como uma comissão judicativa deve operar? É o Corpo Governante?

Jefferson: Um grupo de homens espiritualmente qualificados, que permanecem anônimos, são selecionados para preparar material que foi revisto e aprovado pelo Corpo Governante. E depois disso, é publicado.

Zeff: Então esses homens anônimos dizem aos anciãos que quando há uma questão que precisa de uma comissão judicativa, aqui está como a comissão deve ser formada, aqui está quem deve compor a comissão, e aqui estão os tipos de questões que você deve examinar. E uma vez que você fez isso, aqui está o que você deve fazer se um erro foi cometido. É um resumo correto?

Jefferson: Não totalmente.

Zeff: Está bem. Não pensei correto.

Zeff pressiona ainda mais Jefferson, pedindo-lhe que defina o que é o formulário S-77, a que Jefferson respondeu:

"Formulário S-77 é um documento que é usado para relatar concisamente os eventos dessa comissão judicativa".

É oportuno esclarecer que sua resposta é enganosa, pois o formulário S-77 é o "aviso de desassociação ou dissociação", que é preenchido quando se decide desassociar alguém, ou se uma pessoa se dissocia formalmente. O próprio formulário indica: "Não é necessário fornecer um resumo do caso. Se algo de importância sobre o caso precisa ser compartilhado com a filial, por favor, faça isso em uma carta separada. " [Nota do tradutor.  Em português, segundo a versão mais recente do formulário, a informação é um pouco diferente: “Forneça um resumo pormenorizado do caso, explicando exatamente o que aconteceu. (Usem uma folha adicional somente se precisarem de mais espaço) ”].

O testemunho de Jefferson era completamente confuso, cheio de dados enganosos e imprecisos. Ele foi colocado no banco de testemunhas pelo departamento jurídico da Torre de Vigia, mas foi se autodestruindo com cada palavra. O júri parecia confuso por suas observações, seu comportamento e sua incapacidade de responder a perguntas simples, sem oferecer longos discursos.

O advogado Zeff então voltou sua atenção para a carta confidencial aos anciãos, com data de julho de 1989:

Zeff: Falamos brevemente sobre o tópico D da carta, que versa sobre o abuso infantil; muitos estados têm leis que requerem denúncia de abuso infantil. Quando os anciãos recebem relatos de abuso físico ou sexual de uma criança, devem entrar em contato com o departamento jurídico da sociedade imediatamente. As vítimas de tais abusos precisam ser protegidas de mais perigo. Isso está correto?

Jefferson: Isso é correto, conselheiro.

Zeff: Em algum lugar desta carta diz como proteger as crianças?

Jefferson: Eu não estou ciente de nada desta carta.

Zeff: Mas diz para manter o máximo de segredo possível, não é?

Jefferson: Ela pede confidencialidade, conselheiro.

Torre de Vigia, você não tem as duas opções

É muito curioso que a organização da Torre de Vigia exorta os anciãos a manter a confidencialidade ao mesmo tem em que, na esfera legal, estes rompem a confidencialidade no momento em que compartilham uma confissão com outros anciãos. No caso de Fessler, havia pelo menos dez anciãos e outros que foram informados das alegações de abuso sexual, para não mencionar aqueles no departamento legal e de serviço da Torre de Vigia que souberam do caso por meio dos anciãos locais. A Torre de Vigia tentou reivindicar o privilégio do clero para se proteger, mas isso foi negado várias vezes pelo tribunal, uma vez que fora apresentada evidência de que nenhuma confidencialidade foi mantida.

Explicado legalmente, a Torre de Vigia está sujeita ao princípio legal do estoppel. Esse axioma impede uma pessoa de reivindicar uma posição e, em seguida, toma intencionalmente a posição oposta quando se adequa ao seu caso legal. Usando Fessler versus Torre de Vigia como um exemplo, a defesa tentou usar o privilégio do clero desde o início, mas negou na corte por dois dias consecutivos que os anciãos são clérigos.

Em termos leigos, isso significa que você não pode ter ambas as opções..

Durante um interrogatório mais intenso de Jefferson, Zeff voltou à carta de julho de 1989 enviada aos anciãos e perguntou:

Zeff: Deixe-me perguntar para você. Com base nesta carta, não concordaria comigo que um ancião com um conhecimento limitado das leis de abuso infantil e conhecimento limitado do direito penal, teria dificuldade em entender a diferença entre mantê-la secreta e ir à polícia?

Jefferson: Se eu responder sobre o conhecimento limitado de um ancião, eu só estaria especulando. Então eu não sei a resposta a essa pergunta.

Zeff: Senhor, você está aqui em nome da Torre de Vigia e da CCJW para falar sobre os documentos e as instruções que você deu a eles. Você concorda que isso é confuso?

Jefferson: Não, senhor.

Zeff: Isso é claro como cristal para você?

Jefferson: Muito.

Zeff: E você concorda comigo que o departamento jurídico, quando chamado, deve conhecer a lei em cada estado?

Jefferson: Mais uma vez, eu não posso falar pelo departamento jurídico, conselheiro. Eu não trabalho lá.

 [Agora lembre-se de que Jefferson testemunhou que ele está aqui em nome e a pedido do departamento jurídico da Torre de Vigia e da CCJW, o que nos faz perguntar como é possível que Jefferson não tenha ideia de que o departamento jurídico esteja ciente das leis estaduais sobre a obrigatoriedade de formular denúncia].

Zeff: Bem, ao escrever esta carta, não há uma suposição por parte da Torre de Vigia de que o departamento jurídico irá fazer a coisa certa pela lei estadual?

Jefferson: Quanto à suposição, mais uma vez, eu não posso especular, mas o que eu posso dizer com um grau razoável de certeza é que quando os anciãos seguem a instrução nesta ou em outras cartas e ligam para o departamento jurídico, eles recebem aconselhamento jurídico apropriado.

Zeff continua sua linha de questionamento com relação ao caso Fessler e afirma que ele, Jefferson, não tem conhecimento algum dos dois anciãos da congregação Spring Grove, Pensilvânia, Eric Hoffman e Donald Hollingworth, exceto que eles podem ter chamado o departamento jurídico da Torre de Vigia. Referindo-se mais uma vez à carta de julho de 1989 enviada aos anciãos, Zeff pergunta:

Zeff: Não há nada nessa carta que oriente fazer o que é no melhor interesse da criança, não é?

Jefferson: Eu não acredito que essa afirmação conste na carta, conselheiro.

Zeff: Não há na carta algo como ‘no caso de dúvida, proteger a criança’?

Jefferson: Essa afirmação não consta na carta, conselheiro.

Zeff: Há algum documento que você esteja ciente onde se diz ao anciãos nos Estados Unidos que eles não devem perder de vista o fato de que as vítimas precisam urgentemente de ser protegidas de novos abusos e que os agressores precisam ser impedidos de encontrar outras vítimas?

Jefferson: Conselheiro, várias cartas que você mostrou aqui foram impressas. Eu não posso apontar para qualquer delas especificamente em resposta à sua pergunta. Minha memória não traz uma agora.

Zeff: Você concorda que em nenhuma A Sentinela ou carta à Congregação Crista conste uma ordem para contatar um supervisor sempre que houver uma alegação de abuso?

Jefferson: Se houver uma alegação de abuso sexual, entrar em contato com um supervisor... Eu não estou ciente de que há uma declaração específica, conselheiro.

Zeff então chama a atenção de Jefferson para a carta de 15 de fevereiro de 2002 aos anciãos, onde é mencionado o abuso infantil, e que também faz referência à carta de 1 de julho de 1989.

Zeff: Eu quero levá-lo para o número quatro neste documento. Ele diz: "Abuso de crianças é um crime. Nunca sugira a ninguém que eles não devem denunciar uma alegação de abuso infantil à polícia ou a outras autoridades. ” Então isso diz, corrija-me se estou errado, que os anciãos nunca devem dizer a alguém que não deve denunciar. Isso seria errado.

Jefferson: Isso é correto, conselheiro.

Zeff: Então isso significa que se você for perguntado, deve deixar claro que informar, ou não, às autoridades sobre o caso é uma decisão pessoal e que não haverá punição congregacional para qualquer decisão. A questão é ‘se for perguntado’, e eu presumo que estes autores escolheram suas palavras com cuidado ... Você sabe por que eles disseram ‘se você for perguntado’ em vez de dizer exatamente isso a eles?

Jefferson: Não sei por que foi exatamente assim, conselheiro. Eu não fazia parte do grupo que redigiu a carta, então eu só especularia se dissesse por que eles poderiam ter escrito dessa forma.

Zeff: Então, em nome da Torre de Vigia e da Congregação Cristã, sua resposta sobre a razão pela qual eles a elaboram dessa forma seria especulação?

Jefferson: Eu não sei exatamente por que o autor escreveu assim.

Zeff continuou seu questionamento, ao que Jefferson foi apenas capaz de afirmar que a posição da Torre de Vigia é: "Nunca diga a ninguém que eles não podem formular denúncia", e: "Se eles te perguntarem, diga que façam o que achar certo e relatem, se acharem que deveriam. " Zeff continuou:

Zeff: Você concorda comigo que esta instrução não informa aos anciãos de Pensilvânia e Maryland que eles devem relatar suposto abuso infantil?

Jefferson: É uma afirmação correta, conselheiro.

Os homens anônimos

Concluindo seu interrogatório feito a Jefferson, o representante da Torre de Vigia, o advogado Zeff questiona-o sobre a própria fonte das regras judiciais que governam os anciãos das Testemunhas de Jeová:

Zeff: E as regras que são seguidas pelos anciãos quando atuam numa comissão judicativa?  Elas vêm de quem?

Jefferson: Como afirmado, um grupo de homens espiritualmente maduros são designados para preparar este material sob a direção do Corpo Governante. E depois de aprovado, ele é publicado.

Zeff: E eles são anônimos?

Jefferson: Eles são

Zeff: E você sabe se alguma dessas pessoas anônimas tem qualquer qualificação de qualquer tipo para lidar com questões de abuso infantil?

Jefferson: Se eles são anônimos e eu não os conheço, então eu não respondo a essa pergunta.

Zeff: Não tenho mais nada a perguntar; obrigado, Meritíssima.

Após dois dias de interrogatório pelo advogado da acusação, era hora de a defesa dialogar com o Sr. Jefferson.

Jefferson interrogado pela defesa

Primeiro foi Jud Aaron, um advogado não-Testemunha, representando a Congregação de Spring Grove das Testemunhas de Jeová. O Sr. Aaron começou seu questionamento referindo-se à exigência legal de que o clero relata suspeita de abuso de crianças.

Aaron: "O clero deve relatar abuso sexual de crianças para proteger a vítima de danos adicionais. No entanto, tenho algumas perguntas sobre isso. ”  Se eu substituir a palavra clero pelos anciãos das Testemunhas de Jeová, tal como assim: "Os anciãos das Testemunhas de Jeová devem denunciar abuso sexual de crianças para proteger a vítima de dano adicional". Você concordaria com isso?

Jefferson: Em certos municípios, sim.

Essa troca breve e bizarra ecoou a linha anterior de questionamento em que Jefferson se recusou a reconhecer que os anciãos das Testemunhas de Jeová são clérigos, o que em sua mente o dispensava inteiramente de responder a essas perguntas. Incrivelmente, quando Aaron substituiu "anciãos da Testemunha de Jeová" por "clero", Jefferson ainda sugeriu que os anciãos só têm a obrigação de relatar "em certos municípios".
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Até agora, a maioria dos leitores terá jogado um tijolo no monitor de seu computador, ou descartado seu Smartphone no lago mais próximo, ao ler sobre os esforços que faz a organização das Testemunhas de Jeová para proteger seus próprios interesses, em vez dos das vítimas de abuso. Suas doutrinas destrutivas estão presas como barnacles [“Uma espécie de crustáceos que adere a rochas marinhas ou cascos de navios”; Michaelis] em um navio afundando, e a Torre de Vigia não tem nenhum desejo de se livrar de seus regulamentos de décadas que arruinaram as vidas de milhares.

À medida que Aaron continuava seu interrogatório a Jefferson, ele reafirmou a política segundo a qual os anciãos eram obrigados a entrar em contato com o departamento jurídico da Torre de Vigia em casos envolvendo suspeita de abuso. No entanto, esta linha de raciocínio era ineficaz, uma vez que estava claro que Jefferson estava defendendo uma organização que não relata abuso como uma prática, e só o faz, em alguns “municípios”, pela possibilidade de sofrer sanções e penalidades”.

O Sr. Aaron tentou ainda minimizar a questão do abuso infantil quando questionou Jefferson sobre sua experiência no tratamento de casos de abuso infantil:

Aaron: E nos 35 anos em que você participou de comissões judicativas, em cerca de sete congregações das Testemunhas de Jeová, você participou em uma que envolveu alegações de abuso sexual infantil?

Jefferson: Não.

Como uma "estratégia" adicional, o advogado de defesa Aaron chegou a sugerir que, uma vez que havia apenas cinco linhas tratando de abuso infantil (referindo-se à carta de seis páginas, com data de 1º de julho de 1989, que foi enviada aos anciãos), a relevância desta carta era mínima, e que não se destinava a proteger os abusadores de crianças. Aaron então pediu a Jefferson para testemunhar sobre a grande variedade de artigos de A Sentinela e Despertai! sobre diversos assuntos, incluindo abuso infantil.

Aaron: Deixe-me perguntar uma coisa, Sr. Jefferson; por que essas publicações, a revista A Sentinela, revista Despertai!, por que elas abordam repetidamente a questão do abuso infantil, abuso sexual, abuso físico, esse tipo de coisa que você acabou de se referir?

Jefferson: Porque na sociedade em geral, muitas, muitas pessoas são afetadas negativamente pelo crime de abuso infantil; assim, a organização, que eu sou parte, tem o desejo de fazer todo o possível para tornar as pessoas conscientes deste crime horrível e hediondo, e também deseja fazer todo o possível para ajudar principalmente as vítimas de abuso infantil e também ajudar os pais a assumir a responsabilidade de proteger seus filhos. E é por isso que os artigos são publicados.

Como qualquer vítima de abuso infantil na organização Testemunha de Jeová lhe dirá, a organização e os anciãos obstruem a justiça de todas as formas possíveis. A falta de denúncia de abuso à polícia e outras autoridades civis está se tornando rapidamente um dos crimes mais insidiosos nos últimos 50 anos. Ficou claro que o júri não estava comprando a declaração da Torre de Vigia de que eles "abominam" o abuso infantil. É uma defesa fraca e sem sentido, quando os fatos mostram que as próprias autoridades que são qualificadas para ajudar crianças quase nunca são contatadas.

Entra John Miller, pela Torre de Vigia

Em sua primeira aparição neste julgamento, John Miller, advogado da Torre de Vigia de Nova York, e uma devota Testemunha de Jeová, se aproximou para questionar Jefferson em nome da defesa. Miller começa admitindo que ele e o Sr. Jefferson são velhos amigos, há pelo menos 20 anos.

Uma das contradições mais interessantes no testemunho veio quando Jefferson, enquanto interrogado por Miller, de repente reconheceu que tanto ele como o departamento jurídico da Torre de Vigia estão muito familiarizados com as diferenças nas leis estaduais sobre relatórios obrigatórios de abuso infantil. Observe:

Miller: Você testemunhou que as leis dos estados variam; isso é verdade?

Jefferson: É verdade.

Miller: E você trabalhou com advogados no departamento jurídico da filial para dar orientações aos anciãos que perguntam sobre as leis de seu estado particular?

Jefferson: Sim, eu trabalhei.

Miller: E é no seu trabalho com os advogados que você se familiarizou com as diferenças de leis de diferentes estados?

Jefferson: Exatamente.

Thomas Jefferson tinha acabado de testemunhar, quando questionado pelo advogado da acusação, Gregg Zeff, que ele não estava ciente sobre o conhecimento da Torre de Vigia sobre as leis estaduais que exigem a denúncia de abuso. Note seu testemunho anterior:

Zeff: E você concorda comigo que o departamento jurídico, quando chamado, deve conhecer a lei em cada estado?
Jefferson: Mais uma vez, eu não posso falar peloo departamento jurídico, conselheiro. Eu não trabalho lá.

Incrivelmente, Jefferson mudou seu depoimento, tornando-se de repente ciente das leis estaduais que exigem a denúncia de abuso.

Jefferson estava mentindo para a corte

Outra evidência de recuo defensivo ocorreu quando John Miller, advogando para a Torre de Vigia, se referiu a perguntas feitas pelo Sr. Zeff no dia anterior, quando Jefferson ficou envergonhado por não poder se lembrar nem mesmo do nome do Presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova Iorque. Em uma tentativa de salvar a reputação de Jefferson, Miller perguntou:

Miller: Você foi perguntado se você poderia nomear algumas das pessoas na Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova Iorque, Inc e você não conseguiu fazê-lo. Você é membro da diretoria executiva dessa corporação?
Jefferson: Não, eu não sou.

Miller: Você é membro da diretoria executiva da corporação Congregação Cristã das Testemunhas de Jeová?

Jefferson: Sim, eu sou.

Miller: Você pode nomear qualquer um que ocupa cargo nessa corporação?

Jefferson: Sim, eu posso.

Miller: Vamos! Nomee alguns!

Jefferson: O presidente, Allen Shuster; Vice-presidente, Anthony Griffin; Secretário-tesoureiro, William Nonkes.

Miller: Qual é o seu cargo?

Jefferson: Tesoureiro-assistente, eu acho.

Ele acha? Jefferson parecia muito inseguro sobre sua posição dentro da corporação CCJW, mas seu testemunho continuou a se desintegrar quando, em seguida, o advogado da Torre de Vigia John Miller pediu-lhe para nomear os membros da Comissão de Filial dos Estados Unidos.

Miller: Você pode citar alguns para nós?

Jefferson: Allen Shuster, Anthony Griffin, só para citar dois.

Miller: Leon Weaver foi membro dessa Comissão de Filial?

Jefferson: Ele é.

Miller: Então os nomes das pessoas que servem na filial dos EUA são secretos?

Jefferson: De jeito nenhum.

Miller: Eles não são listados no site?

Jefferson: Isso poderia muito bem ser.

Miller: Você viu estes nomes serem publicadas em algumas revistas que são enviadas ao público?

Jefferson: Sim, eles são. O nome do presidente é publicado todos os meses na Sentinela e Despertai!

Miller: Então não há segredo sobre quem está lá?

Jefferson: Não, não há.

Uma nota para os nossos leitores: o questionamento de Miller e as respostas de Jefferson revelam que eles próprios não estão plenamente conscientes de quem gerencia e opera a Torre de Vigia, a CCJW e a Comissão de Filial dos Estados Unidos. Jefferson não estava certo de sua própria posição na CCJW e a sua declaração de que “o nome do presidente é publicado todos os meses na Sentinela e Despertai!” é falsa, já que ele estava falando da Comissão de Filial dos EUA, não da Sociedade Torre de Vigia. Uma simples verificação da capa interna das revistas A Sentinela e Despertai! atuais revela que é o presidente da Torre de Vigia que está listado, e não qualquer dos membros da Comissão de Filial dos EUA.

Jefferson diz: Não temos responsabilidade de proteger a comunidade

Depois de testemunhar mais uma vez que os anciãos não são clérigos, a defesa cedeu ao Sr. Gregg Zeff para interrogar novamente o Sr. Jefferson. Zeff perguntou a Jefferson se os anciãos têm a responsabilidade de proteger a comunidade dos predadores.

Jefferson: Bem, os anciãos têm a responsabilidade de proteger as crianças, sim, e todo o rebanho.

Zeff: Somente o rebanho? E toda a comunidade?

Jefferson: O que você quer dizer com “toda a comunidade? ”

Zeff: Bem, se os anciãos sabem que há um predador sexual em seu meio, eles não têm a responsabilidade de fazer que toda a comunidade, o Estado da Pensilvânia, o povo da Filadélfia, também tome conhecimento disso?

[O advogado da Torre de Vigia, John Miller, objeta a esta pergunta. Objecção revogada]

Jefferson: Não.

Em uma das declarações mais insidiosas e ultrajantes do julgamento, Thomas Jefferson admitiu o que muitas vítimas de abuso infantil já sabem, isto é, que as Testemunhas de Jeová não têm nenhum respeito pela comunidade em geral, e sua falha em denunciar suspeita de abuso infantil coloca toda a comunidade em risco, uma vez que não denunciam um predador.

Enquanto as Testemunhas de Jeová formam uma comunidade insular, ao abrigar ou não denunciar um predador sexual, elas permitem que esse indivíduo passe livremente, sem obstruções e sem ser detectado por pais e crianças inocentes. A maioria das pessoas "mundanas", ou não Testemunhas de Jeová, não sabem que uma organização religiosa reside em seu meio, completamente insensível à proteção de sua família. Não só dezenas de milhares de crianças Testemunhas de Jeová sofreram, mas evidências mostram que dezenas de agressões sexuais ocorreram em toda a comunidade global porque um infrator não foi denunciado às autoridades. Isso afeta a todos, independentemente da filiação religiosa.

Thomas Jefferson constrangeu sozinho a inteira organização Torre de Vigia, destruindo sua própria credibilidade e a da religião que ele representa. Mas isso foi uma coisa boa, pois não se tratava de uma reunião a portas fechadas, nos bastidores, mas um julgamento aberto, um caso civil, que será para sempre uma parte do registro público. É uma luz sobre como funciona internamente as Testemunhas de Jeová, que são em grande parte ignorantes das questões relacionadas com o abuso de crianças, bem como sobre as táticas empregadas pelos anciãos do seu Corpo Governante, e pela equipe jurídica que defende o absurdo.


Por favor fique atento para mais relatos sobre o testemunho deste caso, incluindo o de dois anciãos, a abusadora de Stephanie Fessler, e a detetive que acabou com qualquer chance de a Torre de Vigia ganhar este caso.

(Esta postagem foi traduzida com a ajuda do Google Tradutor)

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3 comentários:

  1. Só espeando vir uma TJ aqui e dizer: "Isso é mentira de apostatas" aff... acordem!!!
    Essa religião é tão verdadeira quanto qualquer outra religião.

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  2. Espero que um dia essa organização venha a ser exposta perante todos os seus membros, por aquilo que realmente é:Uma organização de falsos profetas, dos verdadeiros Apóstatas, dos falsos instrutores que enganaram a muitos...A justiça de Deus pode tardar, mas jamais falhará!

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  3. Uma pena que com tantas evidências essas pessoas estão tão "cegas" a ponto de continuar nesse mundo de mentiras. Se alguma TJ estiver lendo isso, meu apelo é: - Abra os olhos, antes que seja tarde demais.

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