sábado, 26 de novembro de 2016

Comissão Real Australiana porá a Torre de Vigia debaixo do microscópio

(Traduzido de JWSurvey) Em Julho de 2015, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados passou por um dos eventos mais controversos de sua história:


O caso 29, parte da Comissão Real Australiana sobre Repostas Institucionais ao Abuso Sexual de Crianças, foi uma investigação aprofundada das politicas da Torre de Vigia para lidar com acusações de abuso sexual de crianças entre seus seguidores.

O que resultou da audiência se tornou manchete de notícias e, infelizmente, não por razões positivas. Verificou-se que, dede 1950, mais de 1000 suspeitos de molestar crianças tinham sido  denunciados à Torre de Vigia, e mesmo assim nenhum desses abusadores tinham sido delatados à polícia, nem pelos responsáveis da Torre de Vigia, em posições de autoridade, nem pelos familiares e amigos daqueles que tinham sido abusados. Isso incluiu centenas de casos em que o abusador havia confessado abertamente o seu crime.

E esta estatística chocante foi apenas o início das revelações.

Ao longo de oito dias de depoimentos, que incluiu o raro evento de um membro do Corpo Governante ser interrogado sob juramento, a Comissão exibiu os fatos mais terríveis para esclarecer as secretas políticas da Torre de Vigia para lidar com casos de abusos, resultando em um Relatório Final emitido pela Comissão Real, que é de indispensável leitura.  

No entanto, a reação da Torre de Vigia ante essas informações não foi de cooperação, antes foi de negá-las puro e simplesmente.  Sua resposta oficial às conclusões do Estudo do Caso 29 (disponível para download no site do Estudo do Caso 29), foi de rejeitá-las como improcedentes. Em mais ou menos todas as questões discutidas, se a Comissão identificava um problema grave e propunha uma solução, a resposta da Torre de Vigia era de que não houve um problema em primeiro lugar.

No entanto, ficou claro que a Comissão não ia deixar as acusações passarem por mentirosas. Durante a audiência, o juiz Peter  McClellan, o presidente do Estudo do Caso 29, informou ao departamento jurídico da Torre de Vigia que, depois de decorrido um tempo,  a Torre de Vigia seria chamada de volta à Comissão e, em termos bem claros, a Comissão declarou que esperava ver melhoras significativas  em suas  políticas para lidar com casos de pedofilia.

A Comissão Real mostrou-se fiel à sua palavra.  Ela está chamando a Torre de Vigia de volta para uma prestação de contas.  E ela fará isso publicamente, e não em uma reunião em off ou em uma rápida entrevista.

A Comissão Real anunciou que fará um novo inquérito completo, em profundidade.

20 de março de 2017: Estudo do Caso 54.

Estudo do Caso 54: Testemunhas de Jeová e Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Austrália Lta.

Esse é o título desta nova etapa, uma investigação aprofundada que dará seguimento ao Estudo do Caso 29. O Estudo do Caso 54 é definido como tendo o seguinte escopo:


Atualização em 18 de janeiro de 2017
A data da audiência na Austrália foi antecipada para 6 de março de 2017
  • As atuais políticas e procedimentos das Testemunhas de Jeová e Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Austrália Ltd para lidar com proteção de crianças e padrões adequados de proteção à criança, inclusive para fazer frente às atuais acusações de abuso sexual de crianças.
  • Fatores que podem ter contribuído para a ocorrência de abuso sexual de crianças nas instituições de Testemunhas de Jeová e Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Austrália Ltd.
  • Fatores que podem ter afetado a resposta de Testemunhas de Jeová e Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Austrália Ltd ao abuso sexual infantil.
  • As respostas de Testemunhas de Jeová e Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Austrália Ltd ao relevante relatório da Comissão Real, referente ao Estudo do Caso 29 e outros.
  • Quaisquer assuntos relacionados


O site faz clara distinção entre o Estudo do Caso 29 e o 54. Ao passo que o caso 29 focou nas experiências reais de sobreviventes de abuso (conhecido como BCG e BCB), o Estudo do Caso 54 declara:
O objetivo desta audiência pública não é investigar fatos ou assuntos específicos referente ao que ocorreu em estudos prévios da Comissão Real.
Em outras palavras, a dimensão do abuso propriamente dito não será mais objeto de exame. Este estudo é focado muito mais sobre as atuais políticas identificadas, as falhas sistêmicas dessas políticas, aqueles que permitiram que os abusos alcançassem dimensões horríveis e, uma vez descobertos,  terem deixados ocultos das autoridades,  e as razões que motivam a Torre de Viga a não agir de acordo com as recomendações da Comissão. É bastante provável que as principais áreas de preocupação assinaladas no relatório final do Estudo do Caso 29 ,  tais como a política de evitar ex-membros  e as Comissões Judicativas, sejam alvo do mais profundo escrutínio.

É interessante notar também que, tanto quanto a equipe do JW Survey  tem conhecimento, não houve mudanças significativas na política da Torre de Vigia, nas áreas de maior preocupação para a Comissão.

Este vai ser um confronto entre uma equipe jurídica altamente motivada e qualificada, apoiada por uma substancial autoridade legal concedida a uma Comissão Real, e uma religião secreta, com um péssimo histórico de proteção a criança, que já foi pega  em flagrante, pela Comissão, quando tentava dar falso testemunha durante o Estudo do Caso 29.
Lembrem-se: todas as provas serão tornadas públicas no site da Comissão,  inclusive as transcrições dos depoimentos. Tanto quanto sabemos, até as imagens em vídeo dos depoimentos serão tornadas públicas via streaming, como foi no Estudo do Caso 29, e que ainda pode ser visto no You Tube.



Iremos acompanhar de perto os eventos, mas seria importantíssimo que nossos leitores, tanto quanto possível, dessem publicidade ao escopo deste caso.


Por quê?
Porque dificilmente a Torre de Vigia informará às Testemunhas sobre esse evento, em razão das revelações potencialmente prejudiciais que serão feitas.

Assim, quanto mais Testemunhas vierem a tomar conhecimento, maiores são as chances de algumas virem a assistir, mesmo em segredo, contrariando as orientações recebidas. Aquelas que vierem a se informar, obterão um vislumbre de como funciona internamente a sua própria organização, e esperamos que venham a entender que seus filhos, conforme concluiu o Estudo do Caso 29, “passam por significativo risco de sofrerem abuso sexual”.

(Postagem traduzida com a ajuda do Google Tradutor). 


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Um comentário:

  1. Boa noite Lourisvaldo.
    Chega a me da enjoos uma situação dessa. Se soube dos nomes dos envolvido nos estrupo. Mande para meu emaeil. Talvez eu possa fazer algo com alguns contatos que eu tenho. Lugar de bandidos, é na cadeia. Enfim meu amigo uma verdadeira alerta dessa infeliz religião. Mas lógico existe pessoas decentes ilunidas. Uma boa noite. Abraços.

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