sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Corpo Governante faz nova cruzada contra homossexuais

Bem poucos assuntos são tão espinhosos para se tratar como a homossexualidade. Apesar disso, líderes religiosos empunham Bíblias e esfregam na nossa cara que esse livro sagrado não mede palavras quando aborda o que costumam chamar de prática ou conduta homossexual.

E nisso têm razão. Será aqui desnecessário citar as referências bíblicas em que o assunto é tratado, pois qualquer um poderá achar facilmente em uma infinidade de sites pela internet.  


No que se refere à autoridade espiritual das Testemunhas de Jeová, por ser de orientação cristã assim como tantas outras, o combate às práticas homossexuais tem sido uma bandeira que se adotou como um dogma irrevogável, exigindo-se que cada Testemunha que tenha inclinação homossexual lute com todas as forças para extirpar de si essa inclinação, porque, do contrário, será ela própria extirpada da comunidade religiosa, por meio da excomunhão, que se segue a um ostracismo social implacável, com o excomungado sendo privado até mesmo de um simples bom dia.

Procurando as causas

Assim como faz com outros assuntos, a liderança das Testemunhas não se contenta apenas em citar a Bíblia para apoiar esta doutrina, mas também, por décadas, têm vasculhado todas as fontes de notícias do mundo inteiro à procura de pesquisas, depoimentos, declarações de especialistas, à procura de qualquer coisa, qualquer palavra que de alguma forma pareça corroborar a ideia de que ser homossexual é uma doença, um desvio de personalidade, uma aberração, e que, com esforço, cada um pode livrar-se da inclinação homossexual. O caso a seguir é apenas um exemplo:

(Despertai! de 8 de fevereiro de 1974, página 29).

...E para não fugir do que lhe é hábito, há duas décadas, quando a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças, nenhuma nota sequer foi dada em suas revistas A Sentinela e Despertai! Claro, não convinha aos seus interesses!

A organização Torre de Vigia já citou várias fontes na tentativa de provar que a homossexualidade é causada pelo meio social em que vive o individuo (A Sentinela de 15 de novembro de 1970, páginas 697, 698; Sua Juventude – o Melhor Modo de Usufrui-la, páginas 39-41). Ultimamente, porém, o Corpo Governante tem reconhecido que a inclinação homossexual, pode de alguma forma ser de origem genética, o que é um avanço significativo. Mas continua irredutível em sua defesa da doutrina. Com esse objetivo, arruma argumentos dos mais estapafúrdios, como comparar a homossexualidade à raiva e ao alcoolismo, a respeito dos quais também há quem acredite haver casos em que a genética seja responsável por esses distúrbios. A citação a seguir é da revista Despertai! deste mês:



O médico brasileiro Drauzio Varella, depois de considerar que a homossexualidade poder ser o resultado de uma combinação de fatores, como genética e interação com o meio social, declarou que considera essa discussão insignificante, tal como querer saber se a música vem do piano ou do pianista. E então acrescenta:

Até onde a memória alcança, sempre existiram maiorias de mulheres e homens heterossexuais e uma minoria de homossexuais. O espectro da sexualidade humana é amplo e de alta complexidade, no entanto; vai dos heterossexuais empedernidos aos que não têm o mínimo interesse pelo sexo oposto. Entre os dois extremos, em gradações variadas entre a hétero e a homossexualidade, oscilam os menos ortodoxos.
Como o presente não nos faz crer que essa ordem natural vá se modificar, por que é tão difícil aceitarmos a riqueza da biodiversidade sexual de nossa espécie? Por que insistirmos no preconceito contra um fato biológico inerente à condição humana?
 Em contraposição ao comportamento adotado em sociedade, a sexualidade humana não é questão de opção individual, como muitos gostariam que fosse, ela simplesmente se impõe a cada um de nós. Simplesmente, é!

O julgamento divino

Considerando a possibilidade de que a genética tenha fator preponderante nessa questão, como parece convergir as recentes conclusões de especialistas, creio que devemos considerar seriamente a questão à luz do que diz a Bíblia.  Nesse ponto, vale perguntar: que característica geralmente se analisa para definir o sexo de uma criança? A genitália, responderá o leitor!
De fato!
Desse dia em diante, os pais lhe comprarão roupas e brinquedos de acordo com o sexo por eles definido com base na vistoria que fizeram da genitália do bebê. Então, à medida que o filho ou filha avança pela adolescência em direção à fase adulta, poderá viver dias felizes se tiver uma mentalidade compatível com o seu corpo, masculino ou feminino. Infelizmente, é nessa fase que alguns se darão conta que nasceram no corpo errado. Se essa pessoa “não tem o mínimo interesse pelo sexo oposto”, como disse Varella, então talvez seja um dos casos em que se devesse considerar um procedimento cirúrgico para a troca de sexo. 
As religiões cristãs, especialmente aquelas mais radicais (que inclui a organização Torre de Vigia), não veem a troca de sexo como uma opção. Antes, exigem que a pessoa alinhe a sua sexualidade com o seu corpo, ainda que para isso tenha que sufocar todos os seus desejos sexuais e seu interesse afetivo por pessoas de mesmo sexo. Nesse ponto, a Bíblia é citada para dizer que não há outra opção; ou a pessoa sufoca a sua homossexualidade, ou não terá nenhum lugar no Reino de Deus. Porém, será exatamente assim?
A organização Torre de Vigia, quando lhe convém, afirma corretamente que cabe a Deus julgar todo tipo de pessoa. Por exemplo, quando se especula sobre a possibilidade de haver ressurreição para uma Testemunha que cometeu suicídio, a resposta é que o julgamento cabe unicamente a Deus, pois somente ele conhece as reais circunstâncias de quem optou por assassinar a si mesmo (Despertai de 22 de fevereiro de 2000, página 6,7).

Eu, Jeová, examino o coração, sondo os pensamentos mais íntimos, para retribuir a cada um conforme os seus caminhos, conforme os frutos das suas obras (Jeremias 17: 10). 

No que se refere à homossexualidade, tendo em vista as recentes descobertas referentes à sua causa, em vez de gritar aos quatro ventos que os homossexuais estão condenados, não seria o caso de deixar o julgamento nas mãos de Deus? Pensemos por um pouco:

Conforme já examinamos, qual foi o critério que os pais usaram para determinar o sexo do bebê? Sim, foi um detalhe físico: a genitália.  Considerando uma pessoa em conflito com sua sexualidade, podemos afirmar com certeza que Deus usará igualmente um critério físico para julgar tal pessoa?  Não é isso que me parece, conforme indica o texto abaixo:

Mas Jeová disse a Samuel: “Não olhe para a sua aparência nem para a sua altura, pois o rejeitei. Porque Deus não vê como o homem vê; o homem vê a aparência, mas Jeová vê o coração.” ( 1 Samuel 16: 7). 

Em resposta a essa possibilidade, alguém poderá citar aqui uma ou duas cartas de Paulo, onde o apóstolo não faz arrodeio quando diz que homossexuais não terão nenhum lugar no Reino de Deus. Eu conheço cada um desses textos e sobre eles simplesmente nada tenho a dizer. Apenas considero que, em razão das recentes conclusões de especialistas de que a homossexualidade não é um distúrbio mental, tal como se concluía até bem pouco tempo, seria nada mais do que razoável não sermos tão dogmáticos nessa questão, reservando-nos mais a procurar entendê-la e deixar nas mãos de Deus todo e qualquer julgamento referente a esse assunto.

É possível sufocar os desejos? 

Mas a Torre de Vigia tem a sua marcha implacável contra a homossexualidade, e já escreveu dezenas de artigos sobre o assunto, inclusive tendo muitos deles em seu site. Digite no Google a palavra “homossexuais” e o JW.ORG bem provavelmente estará na primeira página. Na sua mais recente cruzada moralista, que consta na Despertai! deste mês, ela escreveu o seguinte:



É verdade que podemos controlar nossos impulsos sexuais? É possível que a resposta seja afirmativa em muitos casos, pois cada um deve conhecer um ou outro caso de pessoas que decidiram não se casar ou ter qualquer relacionamento amoroso. É coisa que simplesmente não lhes interessa. Porém o mesmo apóstolo que escreveu que Deus não apoia a homossexualidade, também escreveu a respeito de pessoas héteras:

Agora, digo aos que não são casados e às viúvas que é melhor para eles que permaneçam assim como eu. Mas, se não tiverem autodomínio, que se casem, pois é melhor se casar do que ficar ardendo de paixão (1 Coríntios 7: 8,9). 

Considerando isso, em que situação fica a pessoa homossexual? Se ‘não tem autodomínio’, casar-se com alguém do sexo oposto ou apenas relacionar-se com estes não lhes é uma opção, sendo que isso lhes pode ser tão repulsivo como o é para um hétero ter um relacionamento amoroso com alguém do mesmo sexo.

Em razão de procurarem se adequar à norma religiosa, bem como para evitar o desconforto causado pela intensa fiscalização social, muitos homossexuais acabam por dar fim à própria vida, pois acham demasiadamente angustiante continuar sufocado a sua homossexualidade.

O Corpo Governante, apesar de dizer que é possível alguém sufocar a sua homossexualidade, ao que parece, nem sequer tem conseguido superar esse “problema” entre seus próprios pares.

Se você já pesquisou sobre esse assunto, bem provavelmente conhece os nomes Ewart C. Chitty e Leo Greenlees. Eles foram membros do Corpo Governante por volta das décadas de 70 e 80, mas, assim como Raymond Franz, acabaram por deixar de compor a lista de membros do Corpo e sem que se apresentasse qualquer justificativa oficial. A respeito de Chitty, o anuário de 1980, página 257, diz apenas que ele “deixou o cargo”, assim, puro e seco. Sobre Greenlees, sua última referência na literatura da Torre de Vigia consta na revista A Sentinela de 1º de dezembro de 1984 (edição americana), quando entrega os diplomas aos formandos da 77ª turma da Escola Bíblica de Gileade. 

Não há fontes oficiais que confirmem estas informações, mas conta-se que eles eram conhecidos homossexuais e, até certo ponto, viviam a sua homossexualidade sem maiores constrangimentos. Sobre isso, mesmo sem citar nomes, a revista A Sentinela de 1º de janeiro de 1986, página 13, disse o seguinte:



Quer essas palavras se refiram a membros do Corpo, quer não, é uma confissão explícita de que sufocar a homossexualidade, em sua manifestação mais direta, que é querer usufruir dos prazeres do sexo, não é coisa que se possa conseguir assim, num estalo de dedos, e nem mesmo a repressão imposta por dogmas religiosos consegue resultados satisfatório, mesmo a elevados custos emocionais.

A revista A Sentinela de 1986 também relata com espanto a quantia de desassociados do ano anterior, e acrescenta que a maioria foi em razão de “práticas imorais”.  E o que isso significa? A Torre de Vigia é rápida em dizer que tem que ser exatamente assim, pois “a organização de Jeová precisa permanecer limpa”. Mas isso atinge em cheio o conceito de que as Testemunhas de Jeová, como grupo, adotaram para si um elevado padrão de moral, e que conseguem isso mediante a ajuda do espírito santo. Ora! Se isso fosse verdade, a organização não teria que ficar espantada como números de desassociados em razão de “práticas imorais”. Se esse elevado padrão moral é conseguido por se extirpar do grupo todo pecador, como a organização pode provar que outros grupos religiosos também não conseguiriam esse mesmo padrão de moralidade se igualmente expulsassem de seu meio todos os pecadores?  Isso também põe por terra o conselho amplamente difundido nos artigos sobre homossexualidade de que muita oração, juntamente com meditação e força de vontade, é suficiente para alguém evitar práticas homossexuais.

Preconceito e intolerância

A maior queixa dos homossexuais talvez possa ser descrita em apenas duas palavras: “preconceito” e “intolerância”. Será que a política da Torre de Vigia é preconceituosa e intolerante para com os homossexuais? A revista deste mês continua: 



A pergunta sobre se rejeitar homossexualidade e rejeitar pessoas de outra cor é a mesma coisa pede uma resposta altamente gabaritada, devidamente fundamentada, com provas sólidas comprovando uma coisa ou outra, isto é, se a homossexualidade é ou não é inerente à pessoa assim como a cor da pele.  A resposta, porém, como pode ser lido acima, é que “existe uma diferença entre rejeitar práticas homossexuais e rejeitar pessoas homossexuais”. Em outras palavras, pode-se dizer que as Testemunhas de Jeová não rejeitam pessoas homossexuais – desde que elas não vivam a sua homossexualidade. É exatamente assim porque se alguma Testemunha homossexual decidir viver a sua homossexualidade, ela será inexoravelmente excomungada, e desse dia em diante a sua pessoa será o alvo de todo o desprezo retratado na imagem abaixo: para ela, nem mais um bom dia, nem mais um abraço, nem mais um carinho.


A Sentinela de 15 de abril de 2015, página 29. 

A resposta da Torre de Vigia tem ainda um complemento; “a Bíblia diz que os cristãos devem respeitar todo tipo de pessoas. (1 Pedro 2:17) Mas isso não significa que eles devem aceitar todo tipo de conduta”. A parte que sublinhei diz nas entrelinhas que se uma Testemunha decidir viver a sua homossexualidade, ela, como pessoa, não mais será aceita no grupo religioso. Mas isso não é dito explicitamente e uma pessoa do público dificilmente deduzirá o que exatamente isso quer dizer.  Desse modo, em termos simples, podemos dizer que pelo mundo inteiro há Testemunhas homossexuais sendo rejeitadas, excluídas do convívio social com seus familiares e amigos, embora a Torre de Vigia esteja a dizer, com palavras enigmáticas, que não rejeita pessoas homossexuais, mas apenas práticas homossexuais.

As próximas palavras da revista aborda preconceito e intolerância e, com o objetivo de provar que não é preconceituosa nem intolerante, coloca a homossexualidade no mesmo patamar que o tabagismo.




Para começar, as relações entre colegas de trabalho é imprópria; o mais correto seria relação entre patrão e empregado, pois um colega de trabalho, embora possa não gostar de estar próximo de um fumante, não pode demiti-lo. Um patrão tem todos os poderes para demitir um fumante, e é exatamente o que acontece quando homossexuais são excomungados e impedidos de se associarem com familiares e amigos. Um funcionário fumante não pode obrigar o patrão a mudar de opinião sobre o fumo e aceitá-lo como empregado, mas o patrão pode obrigar o funcionário fumante a fazer uma escolha: ou para de fumar ou procura outro emprego. Para os homossexuais Testemunhas de Jeová, as opções são idênticas: ou deixam de viver a sua homossexualidade, ou são expulsos da religião, podendo sofrer horrores caso ainda acreditem que as Testemunhas de Jeová sejam a única religião que pode lhe garantir a salvação. Visto dessa forma, nota-se que a religião das Testemunhas é claramente intolerante para com os homossexuais, apesar de que, com o uso do tabagismo como boneco de palha, considera que intolerante é quem quer forçá-las a aceitar a homossexualidade, como se isso fosse tão possível quanto um funcionário obrigar o patrão a rever suas normas de modo a aceitá-lo como empregado fumante.

O segundo parágrafo da citação acima é igualmente enigmático para uma pessoa do público. Dizer que “as Testemunhas de Jeová optaram por viver de acordo com o que a Bíblia diz”, mas “não criticam nem maltratam pessoas que escolheram viver de modo diferente” leva a questão para um cenário pacífico, mostrando para o leitor desatento que não há nenhuma relação de confronto entre, digamos, um homossexual ateu e as Testemunhas de Jeová. Eu mesmo conheço vários homossexuais na minha região que talvez sequer se lembrem das Testemunhas de Jeová, a não ser quando as veem no serviço de casa em casa – e de fato eles não têm nenhuma queixa contra as Testemunhas, assim como as Testemunhas nunca lhes jogaram pedra. Esse é o harmonioso cenário criado pela Torre de Vigia para mostrar que elas não são intolerantes nem preconceituosas contra homossexuais. E é aqui, nesse cenário pacífico, que termina esta cruzada:



Diante disso, a comunidade em geral, a imprensa, os organismos internacionais de direitos humanos, e todos os leitores que desconhecem a religião, só podem se levantar e soarem os aplausos.  O que pensam, porém, quem nasceu e foi criado como Testemunha, e os fiéis homossexuais que acreditam terem encontrado na Torre de Vigia o único caminho que lhes levará à salvação? Enquanto a Torre de Vigia diz em sua revista que ‘não obriga a que outros tenham os mesmos conceitos que ela’, esses homossexuais veem-se na condição em que têm que escolher se subordinarem às exigências da organização ou perderem, talvez para sempre, a sua família e amigos, e quem sabe – até a vida eterna. 


3 comentários:

  1. Eu acredito que a Bíblia na verdade não tem cupa de nada. Nós ser humanos que somos pessoas de má fé e coração sujo. Não digo todas mais algumas. A ignorância e arrogância sempre fez parte do ser humano. O homossexual não tem culpa de ser assim, pois já nascem com mudanças. Assim como a mulher nasce e não aceita que é uma mulher e tem outra opção. Isso já vem desde de antigamente, uma coisa antiga que muitos desconhecem. O preconceito é uma coisa horrível tanto para a cor da pessoa quando para o homossexualismo. Alguns de nós simplesmente não aceita, mais respeita. Isso é bom, o (Respeito!). Alguns jogam pedras e não deveriam. Usam a bíblia como pretexto pra tudo isso não é mesmo?. O ser humano não consegue se culpa sem colocar uma pimenta nos olhos do outros. Enfim essa a minha opinião.

    Bom revelo Lourisvaldo. Bjs

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  2. Boa noite Lourisvaldo.
    Eu abomino todo o tipo de preconceito. Acho que Deus é amor, e quem ama o seu semelhante não julga, pior ainda condena. Que cada qual faça da sua vida o que deseje Deveriam era combater a violência, não a opção sexual de cada um. Uso a bíblia da maneira que mais lhe convêm. Quem não aceita, deveria no minimo respeitar a decisão de cada um. Uma feliz semana meu amigo. Grande abraço.

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  3. Belo artigo. Acho bem engraçado, para não dizer outra coisa, esse verniz de "respeito" e amor que a Torre e outras religiões similares alardeiam, mas não têm coisa nenhuma.
    Tenho uma prima bem "sapatona" que chegou a ser agredida pelo pai crente por conta de sua orientação sexual. Eu ainda tive de ouvir absurdos da minha mãe, irmã dele, que ele é que é o coitado por ter "uma filha assim" e que nunca iria aceitar a visita daquela "aberração" (que é sobrinha dela). Fora isso, quantas vezes ela não praguejou que "ia ter novos filhos no Novo Mundo porque ia passar pelo Armagedon sem nenhum, que ia ser tudo destruído" quando entrávamos em desacordo com alguma coisa. Algumas vezes, achava graça nessa certeza da própria salvação, me lembrava as diferenças entre as orações do fariseu e do judeu humilde (acho que era cobrador de impostos, senão me engano?).
    Mas é bem esse o """amor cristão""", Jesus deve estar bem orgulhoso de seu povo, sqn.

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