Resumo do julgamento – parte 1.
"O caso com as
Testemunhas de Jeová foi resolvido"
Afirmou Jeffrey Fritz, advogado
da vítima Stephanie Fessler.
Veja a introdução a este caso
neste link.
(Traduzido de JWSurvey) Stephanie Fessler (que agora
tem 28 anos e foi submetida à abusos quando adolescente) juntamente com sua equipe
jurídica, usando uma linguagem similar à dos anúncios públicos, efetivamente
deram as costas à Torre de Vigia e fizeram uma "censura pública" às Testemunhas
de Jeová. As Testemunhas notoriamente repreendem e desassociam os membros de
sua fé, mesmo que esse membro seja uma criança, e tenha tido um encontro
sexual. Após quatro dias de intenso testemunho na Prefeitura de Filadélfia,
Pensilvânia, as estratégias de defesa da Torre de Vigia desmoronaram. Apesar de
gastar dezenas de milhares de dólares e quase três anos em preparação para este
caso, ao meio-dia da segunda-feira, dia 13 de fevereiro, a Torre de Vigia abriu
mão da disputa, fez suas pastas e entrou em um acordo não revelado.
Uma forte mensagem foi enviada
à organização Torre de Vigia: Você não pode infringir a lei quando souber de
uma acusação de comportamento inadequado com um menor. O caso deve ser
comunicado à polícia e às autoridades responsáveis por proteger as crianças.
A liderança das Testemunhas de
Jeová renuncia a quase todas as oportunidades para denunciar suspeita de abuso.
A ordem aos anciãos das Testemunhas é que, quando "o erro" é
descoberto, eles devem imediatamente convocar um tribunal interno de vários
anciãos, que são informados sobre o que aconteceu. Se o "pecado" é
sério, eles formam uma Comissão Judicativa de três anciãos e convocam a vítima
para esta comissão para explicar seu envolvimento. Neste caso, as evidências apresentadas
no julgamento mostraram que os anciãos das Testemunhas de Jeová da congregação
de Spring Grove, Pensilvânia, estavam cientes de uma relação
"consensual" entre Terry Seipp, 49-51 anos, que frequentou a
Congregação Freeland Maryland, e a vítima, Stephanie Fessler. Por 3 anos, Seipp
desempenhou o papel de mãe de aluguel para Fessler, enquanto tirava vantagem
sexual de Stephanie, uma questão descaradamente negligenciada por ambas as
congregações.
Em 2004, os anciãos foram
informados de que havia beijos e toques impróprios entre Seipp e Fessler, mas
não relataram isso às autoridades, como requer as leis de notificação
obrigatória da Pensilvânia, que se aplicam a todos os clérigos ou anciãos que tomam
conhecimento de suspeita de abuso. Em 2005, os anciãos tinham provas
significativas de encontros sexuais extensivos entre a vítima e sua agressora,
mas continuaram a aplicar suas próprias medidas internas - uma decisão que
sempre prejudicou Stephanie Fessler, impedindo sua agressora de enfrentar a
justiça e terminar o relacionamento.
A detetive Lisa Layden (foto à esquerda), do
Departamento de Polícia Regional do Sudoeste do condado de York, testemunhou
que qualquer contato físico, que possa chegar ao nível de abuso sexual, deve
ser relatado às autoridades, incluindo o Childline da Pensilvânia, um recurso
bem organizado para vítimas e potenciais vítimas. Mas não é assim que as
Testemunhas de Jeová operam. Todas as questões de "pecado" são
encaminhadas aos anciãos da congregação, que então contatam o departamento
jurídico do complexo Patterson New York, da Torre de Vigia, se um caso de abuso
sexual vier à luz.
A Torre de Vigia declara que
informa aos anciãos das congregações sobre as leis que requerem a notificação sobre
abuso infantil, mas raramente os anciãos contatam a polícia e apresentam um
relatório. Dizer que os anciãos raramente relatam tais assuntos é até uma avaliação
positiva.
Thomas
Jefferosn confunde o júri
Na tarde de 7 de fevereiro de
2017, o co-advogado Gregg Zeff chamou a primeira testemunha, o Sr. Thomas
Jefferson Jr. Este foi um momento significativo no primeiro dia do julgamento, pois
foi apenas pela segunda vez na história da Torre de Vigia que sua organização enfrentou um
júri em um julgamento de abuso de criança.
E não foi bem.
A partir do momento em que
Thomas Jefferson tomou posição em nome da Torre de Vigia e da Congregação Cristã
das Testemunhas de Jeová (CCJW), houve confusão e frustração. O júri de sete
mulheres e três homens sentou-se de frente para Jefferson em descrença, e viu como
ele lutou para não responder a perguntas - e as que ele respondeu deixou todo o tribunal arranhando suas cabeças. Jefferson respondeu às perguntas dos
advogados de defesa com uma postura defensivamente arrogante, falando de uma
maneira lenta e deliberada, repetidamente terminando suas respostas com a
palavra "conselheiro." O advogado Gregg Zeff golpeou Jefferson com
pergunta após pergunta em uma tentativa de esclarecer o emaranhado de corporações e comissões que administram os assuntos das Testemunhas de Jeová.
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Jefferson admitiu que era
membro da CCJW, da Comissão de Filial dos EUA e da Ordem Mundial de Servos Especiais
das Testemunhas de Jeová, mas negou qualquer envolvimento com a Sociedade Torre
de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova York. Quando perguntado pelo nome do
presidente da Torre de Vigia, ele disse "Não me lembro", apesar de
admitir que ele foi enviado para representar a CCJW e a Torre de Vigia. Jefferson
falou por arrodeio e por enigmas quando perguntado sobre a liderança da
organização TJ, se recusando a responder à simples pergunta "Quem está no
comando?". O interrogatório feito a Jefferson foi tão escandaloso, que a
juíza Mary C. Collins foi vista segurar tanto a raiva e o riso ao mesmo tempo.
Zeff, em um momento de exasperação, levantou a voz para Jefferson e perguntou
se havia "seres humanos" encarregados dessa organização.
Jefferson respondeu: “Você está falando sério?”
Gregg Zeff |
O questionamento se
intensificou quando Zeff questionou Jefferson sobre a fonte de todas as cartas
enviadas a corpos de anciãos, perguntando-lhe novamente se algum "ser
humano" realmente escreveu essas cartas e, em caso afirmativo, quem são
essas pessoas. Jefferson novamente se esquivou da questão e afirmou que pessoas
anônimas escrevem essas cartas, e que as pessoas envolvidas podem ou não ser
parte das corporações Torre de Vigia ou CCJW.
O advogado Zeff, visivelmente
irritado com a resistência intencional, perguntou a Jefferson se a CCJW era
responsável por QUALQUER COISA; Jefferson respondeu perguntando o que ele
queria dizer com "responsável". A juíza Collins foi incapaz de se
conter por mais tempo e se voltou para a testemunha e exigiu que ele
respondesse à pergunta. Abatido e nervoso, Jefferson disse ao tribunal que precisava
de tempo para... pensar. Depois de um longo silêncio, Zeff colocou a pergunta
mais uma vez, para a qual Jefferson disse: "Eu imagino que eles têm
que."
Antes de mudar sua linha de
perguntas, Zeff exibiu a assinatura na carta a um ancião que dizia
"Sociedade Torre de Vigia de Bíblia e Tratados", forçando Jefferson a
reconhecer a corporação responsável pelas políticas impostas pelas Testemunhas
de Jeová antes da criação da Congregação Cristã das Testemunhas de Jeová. Zeff
ligou vários documentos da Torre de Vigia com políticas que proibiam os anciãos
das Testemunhas de Jeová de relatar abuso infantil às autoridades competentes,
deixando claro qual corporação é responsável.
Momentos depois, Thomas
Jefferson incrivelmente negou que a Torre de Vigia escreva qualquer coisa,
afirmando que ela apenas "publica" e distribui essas cartas, mas nada
tem a ver com sua produção. (Referindo-se
a todas as cartas antes de 2001).
Zeff questionou Jefferson
sobre se os anciãos são punidos se desobedecerem ao conteúdo dessas cartas, que
foi seguido por um longo discurso de Jefferson, apesar de apenas declarar, de
forma indecisa e falsa, que os anciãos "podem ou não" ser punidos por
desobediência. Quando Jefferson mencionou que um Superintendente de Circuito
nomeado por um Corpo Governante pode estar envolvido na desqualificação de um
ancião, Zeff não perdeu a oportunidade de perguntar se o Corpo Governante das
Testemunhas de Jeová está associado à Torre de Vigia ou à CCJW. Resposta de Jefferson: NÃO.
Em seguida Jeferson está a
responder a uma pergunta aparentemente simples, que é sobre se os clérigos das Testemunhas
deveriam relatar abuso infantil, quando, depois de uma objeção da equipe de
defesa da Torre de Vigia, ele declara que não pode responder à pergunta porque
os anciãos das Testemunha de Jeová não são clérigos. Esta questão desencadeou
um debate que durou dois dias. (Mais detalhes sobre isso adiante).
O advogado Zeff seguiu uma
linha de questionamentos forçando Jefferson a admitir que os anciãos investigam
acusações de abuso infantil usando seu próprio processo judicial. Jefferson
teve que confessar que os anciãos das Testemunhas não têm nenhum treinamento
profissional em aconselhamento, psicologia ou outros níveis relevantes de
especialização; mas surpreendentemente Jefeerson insistiu que eles receberam
"treinamento". Zeff continuou dizendo a Jefferson que os anciãos não
estão qualificados para julgar a autenticidade ou seriedade de uma alegação de
abuso infantil.
Jefferson arrogantemente
respondeu: "Incorreto"
Zeff perguntou a Jefferson se
ele tinha alguma evidência das publicações da Torre de Vigia para apoiar essa
afirmação. Depois de Jefferson desconversar-se, a juíza Collins interveio e
repreendeu Jefferson, dizendo-lhe que a pergunta era "perfeitamente clara".
Zeff pressionou duramente a testemunha, perguntando-lhe quais eram suas crenças
sobre esse assunto, ao que Jefferson respondeu: "São minhas crenças que
estão em julgamento?"
Mais uma vez, a juíza Collins
repreendeu Jefferson com firmeza e o advertiu para abster-se de fazer tais
comentários, aconselhando-o para apenas responder à pergunta.
Inacreditavelmente, Jefferson responde dizendo que a Torre de Vigia é uma
entidade corporativa e não "acredita" em nada.
Continuando com sua série de
perguntas, Zeff pergunta a Jefferson se ele está ciente de que existem
profissionais no campo da detecção e aconselhamento de abuso infantil, aos
quais Jefferson concorda relutantemente. Ele então pergunta a Jefferson se ele
está ciente de que o estado da Pensilvânia deseja que haja profissionais
envolvidos sempre que uma acusação de abuso infantil ocorre. Jefferson afirma
que ele não estava ciente disso, não antes de a juíza Collins declarar isso ao
júri no início deste julgamento. Lembro-me de que Jefferson testemunhou que ele
estava no tribunal em nome do departamento jurídico das Testemunhas de Jeová, e
para defender a Torre de Vigia e a CCJW - mas de alguma forma, após anos de
preparação para este julgamento, tendo sido preparado pela extensa equipe
jurídica da Torre de Vigia, ele de repente não sabe que a Pensilvânia tem uma
lei que exige que se faça denúncia de suspeitas de abuso infantil. Claramente o júri não estava aprovando isso.
O advogado Zeff então questiona
Jefferson sobre se aos anciãos é requerido que leiam todas as cartas da Torre
de Vigia; Jefferson afirmou que ler todas as cartas não é necessário, mas que se
espera que os anciãos se informem sobre todas as diretrizes da Torre de Vigia sobre
o abuso infantil antes de iniciar uma investigação. Foi-lhe então perguntado se
os anciãos podiam ser punidos ou destituídos de suas posições se não seguissem
o conselho da Torre de Vigia. Com relutância, Jefferson admitiu que isso é
"possível". Zeff perguntou: "Isso já aconteceu?" Resposta
de Jefferson: "Eu não sei". Como qualquer pessoa com alguma
experiência na organização das Testemunhas de Jeová sabe muito bem, se um
ancião não seguir os regulamentos da sede mundial, sua posição como
ancião desaparecerá instantaneamente. Jefferson
sabe disso muito bem.
Aproximando-se do final do
primeiro dia de julgamento, Zeff chama a atenção de Jefferson para uma das
evidências mais prejudiciais neste caso, a carta de 1 de julho de 1989 aos anciãos. Esta carta de seis páginas foi carimbada CONFIDENCIAL - e a Torre de
Vigia lutou por isso. Esta carta era tão prejudicial para a defesa, que quando
foi intimada, a Torre de Vigia reescreveu quase todo a carta, com poucas
exceções. A equipe jurídica que compõe a acusação só soube do conteúdo completo
desta carta procurando fontes fora da Torre de Vigia, e quando o conteúdo foi
revelado, este caso foi selado.
Zeff chama a atenção de
Jefferson para o propósito desta carta, como afirmado na página 2:
"Daí, um número crescente de vingativos ou descontentes, bem como os opositores, têm iniciado ações judiciais para infligir penalidades financeiras sobre o indivíduo, a congregação, ou à Sociedade. Muitas dessas ações judiciais são o resultado do mau uso da língua ".
Ele reformulou este parágrafo
dizendo enfaticamente a Jefferson que o verdadeiro significado é "Mantenha
sua boca fechada ou você pode ser processado". Jefferson discordou, mas o
dano foi feito. O júri começa a compreender o manto de sigilo em torno da Torre
de Vigia. A proteção da organização e seus bens tornou-se cada vez mais a
motivação por trás da estratégia legal das Testemunhas de Jeová, colocando as
corporações à frente do bem-estar de seus próprios filhos. O primeiro dia
termina em um desastre para a Torre de Vigia, com o testemunho final de Jefferson
aparecendo no horizonte.
Dia
2 – o retorno de Thomas Jefferson
A manhã de quarta-feira trouxe
Thomas Jefferson Jr. de volta ao posto de testemunha, mas não antes do advogado
de defesa de Spring Grove, Jud Arron, objetar veementemente contra a presença da
detetive Lisa Layden, que estava programada para testemunhar no dia seguinte.
Aaron gritou "injusto", alegando que a presença da detetive no dia 2
afetaria seu testemunho do dia 3. A juíza Collins rejeitou o protesto e
declarou: "Eu estou a par desta questão, eu decido sobre isso. É uma questão clara”.
O julgamento continua com o
advogado Gregg Zeff, da acusação, que chama a atenção outra vez para a 18B, a carta
aos anciãos de 1º de julho de 1989, marcada como “confidencial”. O advogado da
Torre de Vigia, John Miller, imediatamente objeta citando a "Primeira
Emenda", mas é contido pela juíza. Zeff olha para Miller, depois para a juíza,
e diz "Primeira Emenda, sua honra?" - A juíza Collins diz a Zeff para
seguir em frente. Zeff questiona Jefferson sobre o significado por trás da
carta, o decreto de confidencialidade, a prevenção de ações judiciais devido ao
"mau uso da língua." Zeff passa a palavra e Jefferson faz uma extensa
resposta, mas sem nenhuma explicação razoável.
O alvo agora são as pessoas
que lideram as Testemunhas de Jeová.
Zeff: Você se lembra quando eu
perguntei sobre os nomes dos “humanos”?
Jefferson: Sim, eu lembro.
Zeff: Você não me deu o nome
de nenhum, não é?
Jefferson: Não, não dei.
Zeff: A razão pela qual você
não me deu os nomes de nenhum ser humano é por que eles são secretos?
Jefferson: Não. A resposta a
essa pergunta...
Zeff: Isso é tudo que eu queria,
senhor. A razão pela qual você não me deu os
nomes de qualquer ser humano é
por que você queria protegê-los de ações judiciais?
Jefferson: Não.
Zeff então volta a uma questão
anterior feita a Jefferson, sobre se os anciãos são clérigoss:
Zeff: Você se lembra que
anteriormente perguntei: O clero deve relatar abuso sexual de crianças para
proteger a vítima de dano adicional?
Jefferson: Sim, eu lembro,
conselheiro.
Zeff: E sua resposta foi que
você não poderia responder, certo?
Jefferson: Correto,
conselheiro.
Zeff: E você disse que não
podia concordar com isso porque os anciãos não são clérigos. É uma afirmação correta?
Jefferson: Essa é uma
afirmação correta.
Zeff: Está bem. Qual é a sua
definição de clero?
Jefferson: Clero, como eu
entendo, são aqueles que são reconhecidos como líder de uma igreja ou uma
organização e isso é algo que os anciãos não são.
Zeff mostra no telão o
dicionário Websters e então diz:
Zeff: Posso mostrar a
definição de ancião, segundo o dicionário Webster's e ver se você concorda com
isso? A primeira definição é um grupo de ordenados para desempenhar funções
pastorais ou sacerdotais em uma igreja cristã. É uma definição razoável de
clero?
Jefferson: Eu não sei a
resposta para isso.
Zeff agora passa a ligar os
anciãos da Testemunha de Jeová ao clero usando as próprias palavras de Jefferson:
Zeff: Você pode definir para
mim o que é um ancião?
Jefferson: Claro. Um ancião é
um homem que é designado por meio do Espírito Santo para cuidar dos interesses
das ovelhas que lhe são confiadas. Essas são responsabilidades descritas em
vários lugares da Bíblia. Por exemplo, 1 Pedro 5:1,2, onde os anciãos são
instados a cuidar dos interesses do rebanho confiado a eles.
Zeff: Anciãos agem como pastores
nas congregações locais?
Jefferson: Sim, eles agem.
Zeff: E fornecem educação
espiritual e orientação bíblica aos congregantes?
Jefferson: Sim, eles fazem
isso.
Zeff: E eles supervisionam as
reuniões congregacionais?
Jefferson: Sim, eles
supervisionam.
Zeff: E eles lideram?
Jefferson: Eles tomam a
liderança também.
Zeff então aborda a confissão
e força Jefferson a admitir que os anciãos são responsáveis por ouvir a
confissão dos membros da congregação.
Zeff: E os anciãos recebem
confissão de que sorte?
Jefferson: Anciãos ouvem as confissões
daqueles que podem estar envolvidos em coisas erradas.
Zeff agora mostra no telão a
definição de clero mais uma vez:
Zeff: Olhando para a definição
mais uma vez, gostaria apenas de saber se você mudou sua resposta ou se você
acha que os anciãos são clérigos?
Jefferson: NÃO
Zeff escava mais fundo no
processo judicial das Testemunha Jeová, martelando Jefferson com perguntas
sobre qual a função de uma comissão judicativa composta pelos anciãos.
Como seria uma comissão
judicativa, na sua opinião, só para eu ter certeza de quem estou falando. Quem
é que diz aos anciãos como uma comissão judicativa deve operar? É o Corpo Governante?
Jefferson: Um grupo de homens
espiritualmente qualificados, que permanecem anônimos, são selecionados para
preparar material que foi revisto e aprovado pelo Corpo Governante. E depois disso, é publicado.
Zeff: Então esses homens
anônimos dizem aos anciãos que quando há uma questão que precisa de uma comissão
judicativa, aqui está como a comissão deve ser formada, aqui está quem deve
compor a comissão, e aqui estão os tipos de questões que você deve examinar. E
uma vez que você fez isso, aqui está o que você deve fazer se um erro foi
cometido. É um resumo correto?
Jefferson: Não totalmente.
Zeff: Está bem. Não pensei correto.
Zeff pressiona ainda mais
Jefferson, pedindo-lhe que defina o que é o formulário S-77, a que Jefferson respondeu:
"Formulário S-77 é um documento que é usado para relatar concisamente os eventos dessa comissão judicativa".
É oportuno esclarecer que sua resposta
é enganosa, pois o formulário S-77 é o "aviso de desassociação ou
dissociação", que é preenchido quando se decide desassociar alguém, ou se
uma pessoa se dissocia formalmente. O
próprio formulário indica: "Não é necessário
fornecer um resumo do caso. Se algo de importância sobre o caso precisa ser
compartilhado com a filial, por favor, faça isso em uma carta separada. "
[Nota do tradutor. Em português, segundo a versão mais recente
do formulário, a informação é um pouco diferente: “Forneça um resumo
pormenorizado do caso, explicando exatamente o que aconteceu. (Usem uma
folha adicional somente se precisarem de mais espaço) ”].
O testemunho de Jefferson era
completamente confuso, cheio de dados enganosos e imprecisos. Ele foi colocado
no banco de testemunhas pelo departamento jurídico da Torre de Vigia, mas foi se
autodestruindo com cada palavra. O júri parecia confuso por suas observações,
seu comportamento e sua incapacidade de responder a perguntas simples, sem
oferecer longos discursos.
O advogado Zeff então voltou
sua atenção para a carta confidencial aos anciãos, com data de julho de 1989:
Zeff: Falamos brevemente sobre
o tópico D da carta, que versa sobre o abuso infantil; muitos estados têm leis que
requerem denúncia de abuso infantil. Quando os anciãos recebem relatos de abuso
físico ou sexual de uma criança, devem entrar em contato com o departamento
jurídico da sociedade imediatamente. As vítimas de tais abusos precisam ser
protegidas de mais perigo. Isso está correto?
Jefferson: Isso é correto,
conselheiro.
Zeff: Em algum lugar desta carta
diz como proteger as crianças?
Jefferson: Eu não estou ciente
de nada desta carta.
Zeff: Mas diz para manter o
máximo de segredo possível, não é?
Jefferson: Ela pede
confidencialidade, conselheiro.
Torre
de Vigia, você não tem as duas opções
É muito curioso que a
organização da Torre de Vigia exorta os anciãos a manter a confidencialidade ao
mesmo tem em que, na esfera legal, estes rompem a confidencialidade no momento
em que compartilham uma confissão com outros anciãos. No caso de Fessler, havia
pelo menos dez anciãos e outros que foram informados das alegações de abuso
sexual, para não mencionar aqueles no departamento legal e de serviço da Torre
de Vigia que souberam do caso por meio dos anciãos locais. A Torre de Vigia
tentou reivindicar o privilégio do clero para se proteger, mas isso foi negado
várias vezes pelo tribunal, uma vez que fora apresentada evidência de que nenhuma
confidencialidade foi mantida.
Explicado legalmente, a Torre
de Vigia está sujeita ao princípio legal do estoppel.
Esse axioma impede uma pessoa de reivindicar uma posição e, em seguida, toma
intencionalmente a posição oposta quando se adequa ao seu caso legal. Usando
Fessler versus Torre de Vigia como um exemplo, a defesa tentou usar o privilégio do
clero desde o início, mas negou na corte por dois dias consecutivos que os
anciãos são clérigos.
Em termos leigos, isso
significa que você não pode ter ambas as opções..
Durante um interrogatório mais
intenso de Jefferson, Zeff voltou à carta de julho de 1989 enviada aos anciãos
e perguntou:
Zeff: Deixe-me perguntar para
você. Com base nesta carta, não concordaria comigo que um ancião com um
conhecimento limitado das leis de abuso infantil e conhecimento limitado do
direito penal, teria dificuldade em entender a diferença entre mantê-la secreta
e ir à polícia?
Jefferson: Se eu responder
sobre o conhecimento limitado de um ancião, eu só estaria especulando. Então eu não sei a resposta a essa pergunta.
Zeff: Senhor, você está aqui
em nome da Torre de Vigia e da CCJW para falar sobre os documentos e as
instruções que você deu a eles. Você concorda que isso é confuso?
Jefferson: Não, senhor.
Zeff: Isso é claro como
cristal para você?
Jefferson: Muito.
Zeff: E você concorda comigo
que o departamento jurídico, quando chamado, deve conhecer a lei em cada
estado?
Jefferson: Mais uma vez, eu
não posso falar pelo departamento jurídico, conselheiro. Eu não trabalho lá.
[Agora lembre-se de que
Jefferson testemunhou que ele está aqui em nome e a pedido do departamento
jurídico da Torre de Vigia e da CCJW, o que nos faz perguntar como é possível
que Jefferson não tenha ideia de que o departamento jurídico esteja ciente das
leis estaduais sobre a obrigatoriedade de formular denúncia].
Zeff: Bem, ao escrever esta carta,
não há uma suposição por parte da Torre de Vigia de que o departamento jurídico
irá fazer a coisa certa pela lei estadual?
Jefferson: Quanto à suposição,
mais uma vez, eu não posso especular, mas o que eu posso dizer com um grau
razoável de certeza é que quando os anciãos seguem a instrução nesta ou em outras
cartas e ligam para o departamento jurídico, eles recebem aconselhamento
jurídico apropriado.
Zeff continua sua linha de
questionamento com relação ao caso Fessler e afirma que ele, Jefferson, não tem
conhecimento algum dos dois anciãos da congregação Spring Grove, Pensilvânia,
Eric Hoffman e Donald Hollingworth, exceto que eles podem ter chamado o
departamento jurídico da Torre de Vigia. Referindo-se mais uma vez à carta de julho
de 1989 enviada aos anciãos, Zeff pergunta:
Zeff: Não há nada nessa carta
que oriente fazer o que é no melhor interesse da criança, não é?
Jefferson: Eu não acredito que
essa afirmação conste na carta, conselheiro.
Zeff: Não há na carta algo
como ‘no caso de dúvida, proteger a criança’?
Jefferson: Essa afirmação não consta
na carta, conselheiro.
Zeff: Há algum documento que
você esteja ciente onde se diz ao anciãos nos Estados Unidos que eles não devem
perder de vista o fato de que as vítimas precisam urgentemente de ser
protegidas de novos abusos e que os agressores precisam ser impedidos de
encontrar outras vítimas?
Jefferson: Conselheiro, várias
cartas que você mostrou aqui foram impressas. Eu não posso apontar para
qualquer delas especificamente em resposta à sua pergunta. Minha memória não traz uma agora.
Zeff: Você concorda que em
nenhuma A Sentinela ou carta à
Congregação Crista conste uma ordem para contatar um supervisor sempre que
houver uma alegação de abuso?
Jefferson: Se houver uma
alegação de abuso sexual, entrar em contato com um supervisor... Eu não estou
ciente de que há uma declaração específica, conselheiro.
Zeff então chama a atenção de
Jefferson para a carta de 15 de fevereiro de 2002 aos anciãos, onde é
mencionado o abuso infantil, e que também faz referência à carta de 1 de julho
de 1989.
Zeff: Eu quero levá-lo para o
número quatro neste documento. Ele diz: "Abuso de crianças é um crime.
Nunca sugira a ninguém que eles não devem denunciar uma alegação de abuso
infantil à polícia ou a outras autoridades. ” Então isso diz, corrija-me se
estou errado, que os anciãos nunca devem dizer a alguém que não deve denunciar.
Isso seria errado.
Jefferson: Isso é correto,
conselheiro.
Zeff: Então isso significa que
se você for perguntado, deve deixar claro que informar, ou não, às autoridades sobre
o caso é uma decisão pessoal e que não haverá punição congregacional para
qualquer decisão. A questão é ‘se for perguntado’, e eu presumo que estes
autores escolheram suas palavras com cuidado ... Você sabe por que eles
disseram ‘se você for perguntado’ em vez de dizer exatamente isso a eles?
Jefferson: Não sei por que foi
exatamente assim, conselheiro. Eu não fazia parte do grupo que redigiu a carta,
então eu só especularia se dissesse por que eles poderiam ter escrito dessa
forma.
Zeff: Então, em nome da Torre
de Vigia e da Congregação Cristã, sua resposta sobre a razão pela qual eles a
elaboram dessa forma seria especulação?
Jefferson: Eu não sei
exatamente por que o autor escreveu assim.
Zeff continuou seu
questionamento, ao que Jefferson foi apenas capaz de afirmar que a posição da Torre
de Vigia é: "Nunca diga a ninguém que eles não podem formular denúncia",
e: "Se eles te perguntarem, diga que façam o que achar certo e relatem, se
acharem que deveriam. "
Zeff continuou:
Zeff: Você concorda comigo que
esta instrução não informa aos anciãos de Pensilvânia e Maryland que eles devem
relatar suposto abuso infantil?
Jefferson: É uma afirmação
correta, conselheiro.
Os
homens anônimos
Concluindo seu interrogatório
feito a Jefferson, o representante da Torre de Vigia, o advogado Zeff
questiona-o sobre a própria fonte das regras judiciais que governam os anciãos
das Testemunhas de Jeová:
Zeff: E as regras que são seguidas
pelos anciãos quando atuam numa comissão judicativa? Elas
vêm de quem?
Jefferson: Como afirmado, um
grupo de homens espiritualmente maduros são designados para preparar este
material sob a direção do Corpo Governante. E depois de aprovado, ele é
publicado.
Zeff: E eles são anônimos?
Jefferson: Eles são
Zeff: E você sabe se alguma
dessas pessoas anônimas tem qualquer qualificação de qualquer tipo para lidar
com questões de abuso infantil?
Jefferson: Se eles são
anônimos e eu não os conheço, então eu não respondo a essa pergunta.
Zeff: Não tenho mais nada a
perguntar; obrigado, Meritíssima.
Após dois dias de interrogatório
pelo advogado da acusação, era hora de a defesa dialogar com o Sr. Jefferson.
Jefferson
interrogado pela defesa
Primeiro foi Jud Aaron, um
advogado não-Testemunha, representando a Congregação de Spring Grove das
Testemunhas de Jeová. O Sr. Aaron começou seu questionamento referindo-se à exigência
legal de que o clero relata suspeita de abuso de crianças.
Aaron: "O clero deve
relatar abuso sexual de crianças para proteger a vítima de danos adicionais. No
entanto, tenho algumas perguntas sobre isso. ”
Se eu substituir a palavra clero pelos anciãos das Testemunhas de Jeová,
tal como assim: "Os anciãos das Testemunhas de Jeová devem denunciar abuso
sexual de crianças para proteger a vítima de dano adicional". Você concordaria com isso?
Jefferson: Em certos municípios, sim.
Essa troca breve e bizarra
ecoou a linha anterior de questionamento em que Jefferson se recusou a
reconhecer que os anciãos das Testemunhas de Jeová são clérigos, o que em sua
mente o dispensava inteiramente de responder a essas perguntas. Incrivelmente,
quando Aaron substituiu "anciãos da Testemunha de Jeová" por
"clero", Jefferson ainda sugeriu que os anciãos só têm a obrigação de
relatar "em certos municípios".
.
Até agora, a maioria dos
leitores terá jogado um tijolo no monitor de seu computador, ou descartado seu Smartphone
no
lago mais próximo, ao ler sobre os esforços que faz a organização das Testemunhas
de Jeová para proteger seus próprios interesses, em vez dos das vítimas de
abuso. Suas doutrinas destrutivas estão presas como barnacles [“Uma espécie de
crustáceos que adere a rochas marinhas ou cascos de navios”; Michaelis] em um
navio afundando, e a Torre de Vigia não tem nenhum desejo de se livrar de seus
regulamentos de décadas que arruinaram as vidas de milhares.
À medida que Aaron continuava
seu interrogatório a Jefferson, ele reafirmou a política segundo a qual os
anciãos eram obrigados a entrar em contato com o departamento jurídico da Torre
de Vigia em casos envolvendo suspeita de abuso. No entanto, esta linha de
raciocínio era ineficaz, uma vez que estava claro que Jefferson estava
defendendo uma organização que não relata abuso como uma prática, e só o faz,
em alguns “municípios”, pela possibilidade de sofrer sanções e penalidades”.
O Sr. Aaron tentou ainda
minimizar a questão do abuso infantil quando questionou Jefferson sobre sua
experiência no tratamento de casos de abuso infantil:
Aaron: E nos 35 anos em que
você participou de comissões judicativas, em cerca de sete congregações das
Testemunhas de Jeová, você participou em uma que envolveu alegações de abuso
sexual infantil?
Jefferson: Não.
Como uma
"estratégia" adicional, o advogado de defesa Aaron chegou a sugerir
que, uma vez que havia apenas cinco linhas tratando de abuso infantil (referindo-se
à carta de seis páginas, com data de 1º de julho de 1989, que foi enviada aos
anciãos), a relevância desta carta era mínima, e que não se destinava a
proteger os abusadores de crianças. Aaron então pediu a Jefferson para
testemunhar sobre a grande variedade de artigos de A Sentinela e Despertai!
sobre diversos assuntos, incluindo abuso infantil.
Aaron: Deixe-me perguntar uma
coisa, Sr. Jefferson; por que essas publicações, a revista A Sentinela, revista
Despertai!, por que elas abordam repetidamente a questão do abuso infantil,
abuso sexual, abuso físico, esse tipo de coisa que você acabou de se referir?
Jefferson: Porque na sociedade
em geral, muitas, muitas pessoas são afetadas negativamente pelo crime de abuso
infantil; assim, a organização, que eu sou parte, tem o desejo de fazer todo o
possível para tornar as pessoas conscientes deste crime horrível e hediondo, e
também deseja fazer todo o possível para ajudar principalmente as vítimas de
abuso infantil e também ajudar os pais a assumir a responsabilidade de proteger
seus filhos. E é por isso que os
artigos são publicados.
Como qualquer vítima de abuso
infantil na organização Testemunha de Jeová lhe dirá, a organização e os anciãos
obstruem a justiça de todas as formas possíveis. A falta de denúncia de abuso à
polícia e outras autoridades civis está se tornando rapidamente um dos crimes
mais insidiosos nos últimos 50 anos. Ficou claro que o júri não estava
comprando a declaração da Torre de Vigia de que eles "abominam" o
abuso infantil. É uma defesa fraca e sem sentido, quando os fatos mostram que
as próprias autoridades que são qualificadas para ajudar crianças quase nunca
são contatadas.
Entra
John Miller, pela Torre de Vigia
Em sua primeira aparição neste
julgamento, John Miller, advogado da Torre de Vigia de Nova York, e uma devota
Testemunha de Jeová, se aproximou para questionar Jefferson em nome da defesa.
Miller começa admitindo que ele e o Sr. Jefferson são velhos amigos, há pelo
menos 20 anos.
Uma das contradições mais
interessantes no testemunho veio quando Jefferson, enquanto interrogado por
Miller, de repente reconheceu que tanto ele como o departamento jurídico da
Torre de Vigia estão muito familiarizados com as diferenças nas leis estaduais
sobre relatórios obrigatórios de abuso infantil. Observe:
Miller: Você testemunhou que
as leis dos estados variam; isso é verdade?
Jefferson: É verdade.
Miller: E você trabalhou com
advogados no departamento jurídico da filial para dar orientações aos anciãos
que perguntam sobre as leis de seu estado particular?
Jefferson: Sim, eu trabalhei.
Miller: E é no seu trabalho
com os advogados que você se familiarizou com as diferenças de leis de
diferentes estados?
Jefferson: Exatamente.
Thomas Jefferson tinha acabado
de testemunhar, quando questionado pelo advogado da acusação, Gregg Zeff, que
ele não estava ciente sobre o conhecimento da Torre de Vigia sobre as leis
estaduais que exigem a denúncia de abuso. Note seu testemunho anterior:
Zeff: E você concorda comigo que o departamento jurídico, quando chamado, deve conhecer a lei em cada estado?
Jefferson: Mais uma vez, eu não posso falar peloo departamento jurídico, conselheiro. Eu não trabalho lá.
Incrivelmente, Jefferson mudou
seu depoimento, tornando-se de repente ciente das leis estaduais que exigem a
denúncia de abuso.
Jefferson estava mentindo para
a corte
Outra evidência de recuo
defensivo ocorreu quando John Miller, advogando para a Torre de Vigia, se
referiu a perguntas feitas pelo Sr. Zeff no dia anterior, quando Jefferson
ficou envergonhado por não poder se lembrar nem mesmo do nome do Presidente da
Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova Iorque. Em uma tentativa
de salvar a reputação de Jefferson, Miller perguntou:
Miller: Você foi perguntado se
você poderia nomear algumas das pessoas na Sociedade Torre de Vigia de Bíblias
e Tratados de Nova Iorque, Inc e você não conseguiu fazê-lo. Você é membro da
diretoria executiva dessa corporação?
Jefferson: Não, eu não sou.
Miller: Você é membro da
diretoria executiva da corporação Congregação Cristã das Testemunhas de Jeová?
Jefferson: Sim, eu sou.
Miller: Você pode nomear
qualquer um que ocupa cargo nessa corporação?
Jefferson: Sim, eu posso.
Miller: Vamos! Nomee alguns!
Jefferson: O presidente, Allen Shuster;
Vice-presidente, Anthony Griffin; Secretário-tesoureiro, William Nonkes.
Miller: Qual é o seu cargo?
Jefferson: Tesoureiro-assistente,
eu acho.
Ele acha? Jefferson parecia
muito inseguro sobre sua posição dentro da corporação CCJW, mas seu testemunho
continuou a se desintegrar quando, em seguida, o advogado da Torre de Vigia John
Miller pediu-lhe para nomear os membros da Comissão de Filial dos Estados
Unidos.
Miller: Você pode citar alguns
para nós?
Jefferson: Allen Shuster, Anthony Griffin, só para
citar dois.
Miller: Leon Weaver foi membro
dessa Comissão de Filial?
Jefferson: Ele é.
Miller: Então os nomes das
pessoas que servem na filial dos EUA são secretos?
Jefferson: De jeito nenhum.
Miller: Eles não são listados
no site?
Jefferson: Isso poderia muito
bem ser.
Miller: Você viu estes nomes serem
publicadas em algumas revistas que são enviadas ao público?
Jefferson: Sim, eles são. O nome
do presidente é publicado todos os meses na Sentinela
e Despertai!
Miller: Então não há segredo
sobre quem está lá?
Jefferson: Não, não há.
Uma nota para os nossos
leitores: o questionamento de Miller e as respostas de Jefferson revelam que
eles próprios não estão plenamente conscientes de quem gerencia e opera a Torre
de Vigia, a CCJW e a Comissão de Filial dos Estados Unidos. Jefferson não
estava certo de sua própria posição na CCJW e a sua declaração de que “o nome
do presidente é publicado todos os meses na Sentinela
e Despertai!” é falsa, já que ele
estava falando da Comissão de Filial dos EUA, não da Sociedade Torre de Vigia. Uma
simples verificação da capa interna das revistas A Sentinela e Despertai!
atuais revela que é o presidente da Torre de Vigia que está listado, e não
qualquer dos membros da Comissão de Filial dos EUA.
Jefferson
diz: Não temos responsabilidade de proteger a comunidade
Depois de testemunhar mais uma
vez que os anciãos não são clérigos, a defesa cedeu ao Sr. Gregg Zeff para interrogar
novamente o Sr. Jefferson. Zeff perguntou a Jefferson se os anciãos têm a
responsabilidade de proteger a comunidade dos predadores.
Jefferson: Bem, os anciãos têm
a responsabilidade de proteger as crianças, sim, e todo o rebanho.
Zeff: Somente o rebanho? E toda
a comunidade?
Jefferson: O que você quer
dizer com “toda a comunidade? ”
Zeff: Bem, se os anciãos sabem
que há um predador sexual em seu meio, eles não têm a responsabilidade de fazer
que toda a comunidade, o Estado da Pensilvânia, o povo da Filadélfia, também
tome conhecimento disso?
[O advogado da Torre de Vigia, John Miller, objeta
a esta pergunta. Objecção revogada]
Jefferson: Não.
Em uma das declarações mais insidiosas
e ultrajantes do julgamento, Thomas Jefferson admitiu o que muitas vítimas de
abuso infantil já sabem, isto é, que as Testemunhas de Jeová não têm nenhum
respeito pela comunidade em geral, e sua falha em denunciar suspeita de abuso
infantil coloca toda a comunidade em risco, uma vez que não denunciam um predador.
Enquanto as Testemunhas de
Jeová formam uma comunidade insular, ao abrigar ou não denunciar um predador
sexual, elas permitem que esse indivíduo passe livremente, sem obstruções e sem
ser detectado por pais e crianças inocentes. A maioria das pessoas
"mundanas", ou não Testemunhas de Jeová, não sabem que uma
organização religiosa reside em seu meio, completamente insensível à proteção
de sua família. Não só dezenas de milhares de crianças Testemunhas de Jeová
sofreram, mas evidências mostram que dezenas de agressões sexuais ocorreram em
toda a comunidade global porque um infrator não foi denunciado às autoridades.
Isso afeta a todos, independentemente da filiação religiosa.
Thomas Jefferson constrangeu
sozinho a inteira organização Torre de Vigia, destruindo sua própria
credibilidade e a da religião que ele representa. Mas isso foi uma coisa boa,
pois não se tratava de uma reunião a portas fechadas, nos bastidores, mas um
julgamento aberto, um caso civil, que será para sempre uma parte do registro
público. É uma luz sobre como funciona internamente as Testemunhas de Jeová,
que são em grande parte ignorantes das questões relacionadas com o abuso de
crianças, bem como sobre as táticas empregadas pelos anciãos do seu Corpo
Governante, e pela equipe jurídica que defende o absurdo.
Por favor fique atento para
mais relatos sobre o testemunho deste caso, incluindo o de dois anciãos, a
abusadora de Stephanie Fessler, e a detetive que acabou com qualquer chance de
a Torre de Vigia ganhar este caso.
(Esta postagem foi traduzida
com a ajuda do Google Tradutor).
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Testemunhas de Jeová?
Então você precisa ler meu
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Testemunhas de Jeová – o que
elas não lhe contam?
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Só espeando vir uma TJ aqui e dizer: "Isso é mentira de apostatas" aff... acordem!!!
ResponderExcluirEssa religião é tão verdadeira quanto qualquer outra religião.
Espero que um dia essa organização venha a ser exposta perante todos os seus membros, por aquilo que realmente é:Uma organização de falsos profetas, dos verdadeiros Apóstatas, dos falsos instrutores que enganaram a muitos...A justiça de Deus pode tardar, mas jamais falhará!
ResponderExcluirUma pena que com tantas evidências essas pessoas estão tão "cegas" a ponto de continuar nesse mundo de mentiras. Se alguma TJ estiver lendo isso, meu apelo é: - Abra os olhos, antes que seja tarde demais.
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