Folheto de Ronald E. Frye, Ex-Superintendente de Circuito |
Durante muitas décadas, o
Corpo Governante ensinou que as dificuldades enfrentadas pelos Estudantes da
Bíblia (como então se chamavam as Testemunhas de Jeová) por ocasião da 1ª
Guerra Mundial era sinal de que eles, por assim dizer, haviam sido punidos por
Deus, o qual permitiu que eles fossem levados a um cativeiro espiritual – em
cumprimento do que seria um paralelo profético do cativeiro dos judeus em
Babilônia no sexto século AEC.
Esse cativeiro teria começado
em 1918 e terminado em 1919, mais ou menos na mesma época em que oito líderes
da religião, inclusive Rutherford, estiveram presos, sob a acusação de interferência
nos os interesses bélicos dos Estados Unidos.
As razões para que assim
fossem punidos pode ser lida na revista A Sentinela de 15 de Fevereiro de 1996,
página 14.
Outros erros que
justificariam essa punição incluíam usar raramente o nome “Jeová”, bem como
comemorarem Natal, aniversários, fazerem uso da cruz – coisas que só
abandonaram muitos anos depois.
Apesar de estarem nessa
condição impura – e nela permanecerem ainda por muitos anos, até o final dos
anos 20 – a revista A Sentinela de 15 de julho de 2013, página 23, diz que
ainda assim eles foram purificados e recompensados com privilégios espirituais.
Porém Já em início da década
de 1980, uma ex-Testemunha de Jeová analisou tudo isso e verificou que essa
explicação não fazia nenhum sentido.
A Organização Torre de Vigia e a Autoridade Espiritual, de Ronald E. Frye, Ex Superintendente
de Circuito.
Para
a surpresa de muitos, A Sentinela de março de 2016 (edição de estudo), às
páginas 29-31, trás uma nova luz sobre o assunto. Em termos breves, o Corpo
Governante reconhece que a liderança religiosa esteve errada por todo esse
tempo e faz um ajuste na data de início do cativeiro (os círculos vermelhos foram acrescentados por mim).
Essa nova explicação procura ajustar-se aos fatos históricos, pois o
cristianismo, depois do ano 100 EC, foi gradualmente perdendo a sua essência,
até que, na segunda metade do segundo milênio, o Movimento Protestante resgatou
algumas doutrinas básicas já há muito esquecidas. O Corpo Governante, porém,
mantém o conceito de que o fim do cativeiro se deu apenas em relação à organização
religiosa Torre de Vigia, quando seus líderes foram libertos da prisão em 1919.
Vá lá que seja verdade.
Visto que há mais de trinta anos
um apóstata escreveu que o conceito de cativeiro da Torre de Vigia por aquela
época era falso, não seria isso um caso em que a liderança religiosa foi deixada
na escuridão espiritual enquanto que a verdade já circulava entre os
considerados apóstatas?
Bom dia Lourisvaldo.
ResponderExcluirVim lhe desejar um feliz més de agosto. Como sempre suas escritas são muito bem colocadas, expondo fatos que aconteceram. Eu deixei de estudar a bíblia com testemunho de Jeová. Enorme abraço.
Ao que parece os apostatas recebem as novas luzes primeiro que o escravo fiel e discreto.
ResponderExcluirMuito bom saber disso.assim minha inguinoracia vai se desfasendo
ResponderExcluirTodos nós aprendemos todos os dias; a cada dia somos um pouco menos ignorante que o dia anterior.
ExcluirMuito obrigado por sua visita!