Em dois artigos anteriores,
postados aqui e aqui, ficou definitivamente provado que jamais houve um dilúvio
global, tal como descreve a Bíblia nos capítulos 6-8 de Gênesis. Em razão das evidências que são difundidas
mais e mais, à medida que aumenta o conhecimento humano sobre o povoamento do
planeta, a constatação de que há espécies endêmicas, e diversos outros fatores,
tal como a falta de água suficiente para cobrir todos os mais altos montes do
planeta Terra e a ausência de vestígios geológicos de um dilúvio global, mais
e mais pessoas fazem uma releitura de Gênesis e afirmam que o relato bíblico
pode referir-se apenas a um dilúvio local.
Nesta postagem considerarei um artigo do site Mentes Bereanas, cujas ideias centrais são atribuídas a Carl Olof
Jonsson, que é autor do livro Os Tempos dos Gentios Reconsiderados.
Antes de tudo, é preciso
deixar claro que Jonsson não descarta a possibilidade de um dilúvio global, mas
apenas considera que a fraseologia de Gênesis admite também a possibilidade de
que se trate apenas de um dilúvio local.
Um dilúvio por volta de 3500
a.C.
Em boa parte do artigo,
Jonsson procura invalidar o conceito popular de que o império mesopotâmico,
juntamente com suas lendas de dilúvio, era muito mais antigo. Feito isso, referente
às lendas de dilúvios da Mesopotâmia, ele pôde afirmar:
As tradições bíblica e mesopotâmica do Dilúvio se correspondem fortemente, embora não se possa demonstrar que o relato bíblico foi derivado delas ou vice-versa. Elas dão evidência de terem uma origem comum e falam do mesmo evento.
Jonsson em nenhum momento cita
a Epopeia de Gilgamesh, mas por duas vezes faz referência a Siusudra, o Noé de
uma das lendas de dilúvio da Mesopotâmia, e deixa transparecer que, pare ele, o
relato de Gênesis foi de fato inspirado num dilúvio da Mesopotâmia, que teria
ocorrido por volta de 3500 a.C.
Em meu artigo anterior, deixei
claro que lendas de dilúvio são comuns pelo mundo inteiro, e que a Mesopotâmia
era o berço de muitas delas. A razão
desses dilúvios possivelmente era o resultado do degelo da última glaciação,
que findava por volta de 8 a 12 mil anos atrás – muito cedo para gerar dilúvios
tão tarde quanto por volta de 3500 a.C., fato que Jonsson reconhecerá logo
adiante: Para ele, as águas vieram do oceano Índico, tal como mostrado nas
imagens abaixo:
É neste ponto que Jonsson
recorre a uma lenda de dilúvio sumério para explicar como a arca de Noé foi
parar no monte Ararate – presumindo, naturalmente, que o relato sumério e a
Bíblia estejam tratando de um mesmo evento.
A inundação a partir do Golfo Pérsico explicaria por que a arca de Noé (o Ziusudra sumério, o qual se diz ter vivido na cidade de Shuruppak, no sul da Mesopotâmia) foi levada para o norte, em direção às montanhas ou colinas na área do Ararate. Se o Dilúvio tivesse sido causado apenas pela água vinda de cima (chuvas) e acompanhasse as inundações dos rios Eufrates e Tigre, a Arca teria sido levada na direção sul, para o Golfo.
Por agora é oportuno perguntar
como um dilúvio local, tal como o descrito acima, pôde ser suficiente para
cobrir toda a Mesopotâmia, submergindo todos os montes, e fazendo a arca
flutuar por 5 meses, até pousar em algum monte do Ararate; e não só isso, mas
as águas também prevaleceram ao ponto de que, somente 14 meses após o início da
inundação, foi possível Noé descer da arca – quando a lógica diz que qualquer
afluxo de água sobre a Mesopotâmia, tal como um tsunami, logo resultaria em as
águas fazerem o caminho de volta. A respeito disso, Jonsson escreve:
Como não se sabe exatamente o que causou o massivo movimento do mar para inundar a planície da Mesopotâmia, podem ter estado envolvidas circunstâncias desconhecidas para nós hoje, que impediram as águas de retornar muito rápido para o mar.
Reinterpretando Gênesis
Mas como conciliar um dilúvio
local com as declarações bíblicas tais como as destacadas abaixo?
O dilúvio continuou por 40 dias sobre a terra, e as águas continuaram a aumentar e começaram a carregar a arca, e ela flutuava nas águas acima da terra. As águas prevaleceram e continuaram a aumentar muito sobre a terra, mas a arca flutuava na superfície das águas. As águas inundaram a terra de tal modo que todas as montanhas altas debaixo de todo o céu foram cobertas. As águas subiram até 15 côvados acima das montanhas[...]. Assim Ele exterminou da face da terra todos os seres vivos — os homens, os animais, os animais rasteiros e as criaturas voadoras dos céus. Foram todos eliminados da terra; somente Noé e os que estavam com ele na arca sobreviveram [...]. No sétimo mês, no dia 17 do mês, a arca pousou nas montanhas de Ararate. E as águas baixaram continuamente até o décimo mês. No décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes das montanhas (Gênesis 7:17-20, 23; 8:4, 5).
Jonsson sugere que se pode ler
a palavra “terra”, não como se referindo ao planeta Terra, mas à região onde se
vive; de acordo com ele, a palavra hebraica para “”montes” ou “montanhas” pode
também ser traduzida como “colinas”, de modo que isso não exige que as águas
tenham coberto montes tão altos como o Everest; e quando a Bíblia diz que a
arca pousou “nas montanhas do Ararate”, isso não quer dizer que pousou no seu
monte mais alto, de cerca de 5000 metros, mas em alguma “colina” próxima a ele.
Infelizmente, para Jonsson,
nem todo o relato do dilúvio pode ser restrito a apenas um evento local. Por
exemplo, tome o caso dos anjos que desceram do céu para se casar com as
mulheres mais lindas da terra, o que teria gerado os violentos Nefilins, que,
em parte, parece ter sido a razão de Deus ter decidido trazer o dilúvio.
Sabe-se que desde aquela época a humanidade já estava presente por todos os
continentes, inclusive nas Américas; portanto, não é razoável concluir que os
anjos geraram sua prole nefasta apenas na Mesopotâmia, na vizinhança de Noé;
somente se isso fosse verdade, é que justificaria um evento local.
Também os capítulos 6 a 8 de
Gênesis contêm diversas declarações que são muito mais abrangentes, tais como
as citadas abaixo:
De modo que Jeová disse: “Vou eliminar da face da terra os homens que criei, o homem junto com os animais domésticos, os animais rasteiros e as criaturas voadoras dos céus, pois lamento tê-los feito. ” (Gênesis 6:7).
Quando Deus diz que vai
eliminar da face da terra os homens que criou, ele se refere a toda a
humanidade, não apenas às pessoas restritas a uma dada região da terra.
Mas a terra tinha ficado arruinada à vista do verdadeiro Deus, e a terra estava cheia de violência. Sim, Deus olhou para a terra e viu que estava arruinada; toda a humanidade havia arruinado seu caminho na terra (Gênesis 6:11, 12).
Quando Deus olha para a terra,
nada nos sugere que ele olha apenas para uma dada região da terra, mas para
todo o planeta Terra; e logo em seguida isso é confirmado, quando ele diz que
toda a humanidade, não apenas as pessoas de uma dada região, havia arruinado
seu caminho na terra.
A expressão “face da terra”,
denotando a terra inteira, aparece 4 vezes no relato do dilúvio (Gênesis 6:1,
7; 7:4, 23), e “”toda a humanidade”, aparece 3 vezes (Gênesis 6:12, 13; 7:21).
E as próximas palavras de
Gênesis, ao fazer uso da expressão “todo o céu”, são bem específicas sobre qual
é de fato a dimensão do dilúvio.
As águas inundaram a terra de tal modo que todas as montanhas altas debaixo de todo o céu [não apenas o céu daquela região] foram cobertas (Gênesis 7:19).
Em seu livro Os Tempos dos
Gentios Reconsiderados, páginas 242, 243, Carl Olof Jonsson acusa a Torre de
Vigia de não fazer uma ”leitura natural” de Daniel 1:1, 2 e 2:1, uma vez que
isso arruinaria a argumentação dela em defesa da data de 607 AEC; mas,
igualmente, no que diz respeito ao dilúvio de Gênesis, a argumentação de
Jonsson em defesa de um dilúvio local definitivamente não se pode chamar de
“leitura natural”.
Claro está, pelo menos para
mim, que a fraseologia de Gênesis especifica que o dilúvio foi global. A
alternativa aceitável para se ter esse dilúvio como local é tirarmos Deus de
cena e concluir que tudo é relatado como sendo do ponto de vista de alguém que
acredita que o mundo inteiro, toda a humanidade, restringe-se apenas a todas as
pessoas que ele conhece... .E é justamente isso que Jonsson afirma na conclusão
de seu artigo
Se, como parece evidente, a raça humana nos dias de Noé estava restrita a uma área geográfica relativamente limitada – o que deve ter sido o caso se todas as pessoas haveriam de ficar cientes da pregação de Noé (2 Pedro 2:5) e saberem o que ele estava fazendo na construção da arca – então a inundação de toda aquela área constituiria realmente uma inundação do mundo (no sentido da esfera humana e da ordem centrada no homem) ou kosmos daquela época [...].Conforme mostra o relato, essencialmente a raça humana teve um novo início. Um evento catastrófico havia ocorrido, reduzindo a raça humana a Noé e sua família. Mesmo sendo verdade que todos nós descendemos de Adão (como Noé), todos temos a Noé como ancestral comum. O que se declara de Gênesis 8:20 em diante é, evidentemente, a reafirmação de Deus quanto ao seu propósito e desejo, refletindo o que Ele havia dito no início da criação da terra e do homem. Ele assegurou aos sobreviventes da catástrofe do Dilúvio de que seu propósito original havia permanecido inalterado e que, apesar daquele evento traumático, haverá estabilidade nas provisões originalmente feitas com relação ao nosso planeta.
Não posso dizer que foi uma
conclusão plausível. Jonsson está perfeitamente ciente de que o conceito
historicamente aceito é de que a humanidade há milênios tem habitado todo o
planeta Terra e somente um dilúvio global, tal como descrito em Gênesis,
poderia restringir toda a humanidade a apenas 8 pessoas. Mas Jonsson está
aprisionado à sua crença e não foi capaz de deixar que os fatos históricos o
guiasse e, ao agir dessa forma, comete o mesmo erro daqueles que amoldam sua
interpretação da Bíblia de acordo com crenças pré-concebidas.
Mas só por um momento
consideremos que de fato, por volta de 3500 a.C., toda a humanidade se
restringisse a apenas 8 pessoas em algum lugar do Oriente Médio. Os cerca de
5500 anos que se passaram desde então seriam suficientes para que todo o
planeta viesse a ser habitado tal como hoje se encontra?
A ocupação das Américas
De acordo com os
historiadores, a ocupação da América deu-se por duas possíveis rotas: pelo
Oceano Pacífico, mediante o uso de pequenas embarcações e/ou pelo Estreito de
Bering, ainda durante a última Era do Gelo, quando uma ponte de gelo ligava a
Ásia à América. A rota via Pacífico nunca foi unânime e agora está quase
descartada.
A rota via Estreito de Bering
fechou-se por volta do ano 10.000 a.C., quando findava a última Era do Gelo, e
agora Ásia e América do Norte estão separadas por um corredor aquático de 82
quilômetros de largura e com 30 a 50 metros de profundidade. Caso os humanos, que em sua caminhada milenar
da África para a Europa e Ásia, não estivessem apostos para fazer a travessia
do estreito antes de 10 000 a.C., quando os europeus chegassem às Américas nos
séculos 15 e 16 teriam encontrado um continente completamente desabitado.
Que a América é habitada desde
milênios antes de Cristo não há dúvida entre os historiadores, e a civilização olmeca pode ser a mais antiga das civilizações americanas, tendo habitado a
região do México desde 1500 a.C. até por volta de 400 a.C.
Infográfico da Torre de
Vigia
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Um atestado disso pode ser
visto até mesmo na literatura da Torre de Vigia, quando ela, em um infográfico,
traz a lista das civilizações mais antigas e faz constar que a civilização
olmeca existe desde mais de 1000 anos antes de Cristo. (Veja Despertai! de 8 de maio de 1999, página
17).
Mil anos antes de Cristo é
apernas cerca de 1400 anos depois do dilúvio bíblico, conforme calculado pela
Torre de Vigia, e 2500 anos depois do dilúvio mesopotâmio, conforme o artigo de
Carl Olof Jonsson. Como se ver, é tempo
insuficiente, em ambos os casos, para que uma família de apenas 8 pessoas
cresça o suficiente, ocupe a Europa e Ásia, e chegue às Américas para formar aqui uma civilização historicamente reconhecida. E ainda que, sabe-se lá por
qual motivo, integrantes de gerações posteriores dessa família queiram partir
para uma viagem insólita, Pacífico adentro, em busca de um continente
imaginário, simplesmente não havia como chegarem às Américas, pois há milênios
que a única ponte possível – o Estreito de Bering – era um largo oceano com
mais de 80 quilômetros de largura.
Nem a Torre de Vigia, nem
Jonsson, e nem ninguém que defenda um dilúvio global e universal (exterminação
de toda a humanidade desobediente) consegue apresentar uma resposta
satisfatória ao desafio proposto. Pelo contrário, a única solução apresentada é
calar-se diante da inquietante pergunta.
Compromisso com a crença em
vez de compromisso com a verdade
Se o dilúvio de Gênesis foi
local ou global, a discussão continuará. Admira-me, no entanto, que um texto
supostamente sagrado, “ditado” pelo criador, possa ser assim tão ambíguo,
admitindo tantas interpretações quanto se deseje. Uma redação assim, feita por
um aluno de uma escola que se preze, provavelmente receberia a nota mínima, se
não a nota zero.
Que um dilúvio global jamais
ocorreu, isto ficou provado em artigos anteriores; mas que o livro de Gênesis trata de um
dilúvio global, isso foi o que interpretou praticamente toda a comunidade
cristã desde os seus primórdios, e é ainda uma interpretação popular – haja
vista a enorme quantidade de pregadores que o alardeiam mundo afora. Mas como
digo na introdução deste artigo, devido às evidências inegáveis contra um dilúvio
global, é crescente o número de pessoas que reinterpretam Gênesis e passam a
ler nele, ainda que nas entrelinhas, um dilúvio local. Ainda assim, em razão de
a Bíblia afirmar que apenas 8 pessoas foram salvas, o dilúvio local precisa ser
também universal, envolvendo a humanidade inteira – o que, como vimos, também
não está de acordo com os fatos. Mas em se tratando de algumas religiões, não se pode deixar de notar que o compromisso com a verdade é, muitas vezes, miseravelmente sobrepujado pelo compromisso com a
crença.
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Incrível a profundidade do teu estudo. Deve ter dado muito trabalho. Gostei muito. Parabéns.
ResponderExcluirDeu trabalho, Márcia!
ExcluirMuito obrigado pela visita, querida!
Leí y me asombra la forma como nos dejábamos llevar por estos cuentos....definitivamenete hay que replantearse el asunto desde la optica del conocimiento como dice.Interesante artículo el tuyo.Felicidades.
ResponderExcluirBom trabalho. Foi incrivel.
ResponderExcluirMuito obrigado, Lenda Viva!
ExcluirBoa noite Lourisvaldo
ResponderExcluirIncrível. Belo trabalho. Vim lhe desejar um feliz Natal e próspero ano de 2o18. Abraços.
Sempre tive sérias dúvidas com respeito a esse assunto. Seu artigo pode não ter dado uma resposta final (definitiva) a tantas questões envolvidas, mas ajudou a esclarecer muitos pontos conflitantes que antes me deixavam agoniado. Parabéns pela pesquisa!
ResponderExcluirMarkNoumair aqui
ResponderExcluir- O que você citou nos seus 3 artigos a respeito da descrença com o dilúvio já é de conhecimento da comunidade científica e foi rebatido por cientistas que acreditam no relato bíblico. Não estou dizendo que eles tem a razão, mas eu não sou cientista, eu li os dois lados e acho que faz mais sentido o relato de gênesis.
Para quem quer ver o outro lado da coisa sugiro a leitura do livro Compelling Evidence for Creation and the Flood escrito por Walt Brown, PhD, membro da National Science Foundation (na minha opinião, o livro mais completo sobre o tema, apesar de haver outros bons). Ele é um ex ateu mas foi movido pela evidência científica a crer no relato bíblico. Seu livro (o mais recente é a 8 edição) é um compilado de provas científicas provando que o relato de gênesis é verdadeiro. Mesmo assim, não considero que nada "ficou definitivamente provado". Se surgirem novas evidências, temos de analisar de modo isento.
- Sobre os mitos que envolvem o dilúvio isso corrobora o relato bíblico. Pois se quase toda comunidade ou religião ou povos possui sua versão do dilúvio, vale o ditado: "Onde há fumaça há fogo." Era senso comum no passado que houve um dilúvio global, e cada povo deu sua explicação para ele.
- Apesar de conseguirmos provas científicas para corroborar o relato geral do dilúvio e da criação, acreditar nele exige primordialmente "fé". (Hebreus 11:6) Assim como é impossível provar cientificamente que Cristo ressuscitou, será impossível comprovar cada detalhe do livro de Gênesis. Alguns detalhes terão de ser colocados na conta da fé.
- Sobre ser um dilúvio local, eu não descarto, mas ainda credito no global. Mas, no caso de ser local, rebatendo alguns argumentos seus:
"Quando Deus diz que vai eliminar da face da terra os homens que criou, ele se refere a toda a humanidade, não apenas às pessoas restritas a uma dada região da terra."
Naquele tempo, as pessoas moravam apenas naquela região da Terra, não havia se espalhado a população ainda.
"As águas inundaram a terra de tal modo que todas as montanhas altas debaixo de todo o céu [não apenas o céu daquela região] foram cobertas (Gênesis 7:19)."
Muitas vezes os escritores bíblicos falavam da visão humana. O mais famoso: "Sol, fica parado." Josué 10:12-14 ou o Apóstolo Paulo dizendo que o evangelho já tinha sido pregado em toda a terra naquela época (Colossenses 1:23).
Esse negócio de querer interpretar cada passagem como se Deus quisesse que ela estivesse cientificamente correta é coisa da Torre de Vigia, que eu não faço parte mais. A Bíblia foi escrita por humanas, inspirada por Deus, portanto, vem com a visão dos humanos da época. Temos que ter essa malícia ao ler. Aquilo que foi ditado por Deus, deve ser cientificamente correto (se bem que, em casos muito pontuais tipo na classificação dos animais, Deus pode ter falado de um jeito que eles entendam no momento). Mas o relato de Gênesis foi relato por Moisés, tendo a visão de Noé em conta.
"a civilização olmeca pode ser a mais antiga das civilizações americanas, tendo habitado a região do México desde 1500 a.C. até por volta de 400 a.C."
Conforme você mesmo disse, a mais antiga civilização da américa pode ser datada de 1.500a.C. O dilúvio conforme a Bíblia aconteceu em 2.240 a.C
O dilúvio não tem nada a ver com a povoação da América, nunca vi esse tipo de argumento na comunidade científica (se tiver, é só me mostrar que irei analisar).
Olá, MarK!
ExcluirJá analisei a principal contribuição de Walt Brown (PhD em Engenharia Mecânica e criacionista de Terra Jovem) para o dilúvio de Noé, que é a hipótese das hidroplacas. Consta em meu artigo sobre o Dilúvio, parte II.
Sua conclusão é sempre lacradora, como se a pessoa que crê no dilúvio fosse alguém que se deixasse guiar por crenças pré concebidas. Eu particularmente não gosto de discutir ou ler textos nesses tons, pois me lembra uma antiga organização que participei. Quem acredita nela, está certa, quem não acredita, precisa evoluir ainda. O que sabemos dessa vida é muito pouco, tudo precisa ser analisado, pouca coisa pode ser 'comprovado'. Leia depois os livros do Dr. Walt Brown, talvez abra sua mente para mais possibilidades. Lembre-se que você está a discutir não contra a Torre de Vigia que quer dar uma interpretação fixa a cada passagem da Bíblia(assim é fácil de lacrar em cima). Você deve ter como alvo cientistas e teólogos que estudam a Bíblia como um todo, sem defender nenhum tipo de crença em particular.
ResponderExcluirUm abraço
Oi, Mark!
ExcluirGrato por sua contribuição. Deixo suas palavras para os leitores do blog. Continuo a pesquisar sobre assuntos bíblicos, inclusive sobre o Dilúvio.